Política

Em última live do ano, Bolsonaro defende hidroxicloroquina e critica uso de máscara: "não protege de nada"

Reprodução/YouTube/Jair Bolsonaro
Bolsonaro fez críticas ao judiciário, que, segundo ele, retirou sua autoridade para decisões acerca da política de prevenção e combate ao Covid  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube/Jair Bolsonaro

Publicado em 01/01/2021, às 12h38   Raul Aguilar



O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), aproveitou a última de suas tradicionais lives realizadas às quinta-feiras, nas redes sociais, para distribuir ataques contra imprensa, judiciário, classe políticas e contra medidas de prevenção ao contágio do novo coronavírus. 

Bolsonaro comentou a escolha de seu nome como a “personalidade do ano” nos quesitos crime organizado e corrupção pelo Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP), consórcio internacional de jornalistas investigativos. Ele disse que ação é parte de um grupo de "jornalistas independente" do jornal Folha de São Paulo que são "suprassumo do lixo", chorume": "Os caras fazem a votação, esses malandros, lá fora, e vem a Folha e divulga aqui". 

O presidente da República também fez críticas ao judiciário, que, segundo ele, retirou sua autoridade para decisões acerca da política de prevenção e combate ao novo coronavírus.

"Não tenho autoridade, porque ela foi retirada pelo STF.  Questão do Lockdowns, confinamentos; isso não dá certo, pessoal. Eu estou aqui no Guarujá, a PM recebeu ordem para tirar as pessoas da praia e ficaram amontoados na pista. Uma irracionalidade. Cada um sabe o que tem que fazer com sua vida. Estamos vendo que houve desobediência em Manaus, decreto governo, em Fortaleza; Búzios, decisão de juiz 1º instancia, de fechar tudo e retirar turistas, isso é um abuso que está acontecendo", criticou o presidente da República. 

O chefe do executivo federal classificou o governador de São Paulo, João Dória, - seu rival e virtual candidato à presidência da República em 2022, como um "irresponsável" que fica "dando ordem que não tem como ser cumpridas, absurdas".

"Lamento que essa decisão de quem decida ou não venha do STF que delegou isso para prefeito e  governadores; absurdo, eles quase quebraram a economia, se não fosse eu e o Governo Federal, minha equipe econômica que trabalharam para isso, preservação de empregos, R$ 7 bilhões gastos, seria um caos no Brasil. E fica uma briga de liminares, o próprio poder judiciário batendo cabeça. Fecha 31 e primeiro; dia 2, o vírus está de férias? Em casa de ressaca? Pelo amor de Deus. O IPTU os prefeitos e governadores não anistiaram, esses caras vão quebrar [a economia]", criticou Bolsonaro.

Pandemia 

Jair Bolsonaro reclamou da condução da pandemia por prefeitos e governadores do país, disse que eles precisam entrar "na casa do pobre", e que eles "não sabem o que é povo": "governadores, ministros do Supremo, deputados federais, Senadores, todo mundo precisa conhecer o povo. Não adianta ficar de usando máscara e ficar saudando com cotovelinho, pelo amor de Deus, o povo não pode ficar em casa".  

O presidente da República voltou a defender o uso de "hidroxicloroquina, Ivermectina e Anita" contra o coronavírus, o que define como um tratemento precoce para os contaminados. Ele também contestou informações médicas ao afirmar que a hidroxicloroquina "não causa arritmia". Bolsonaro também critícou o uso de máscara, que segundo ele não protege contra o novo coronavírus. 

"Máscara não protege de nada, isso é uma ficção. O Brasil precisa de gente de coragem para falar que proteção de máscara não funciona, é zero", criticou Bolsonaro. 

Classificação Indicativa: Livre

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