Em live, Bolsonaro diz que é fácil "impor ditadura no Brasil" e lê carta de suposto suicida para criticar medidas restritivas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (11), em live transmitida nas redes sociais, que é fácil "impor" uma "ditadura no Brasil", em alusão às medidas de restrição determinadas por governadores e prefeitos.

A frase é a mesma dita em reunião ministerial do dia 22 de abril de 2020, que veio à público após decisão do ex-ministro Celso de Mello, do STF.

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"Vou repetir: como é fácil impor uma ditadura. Estamos vendo municípios com guarda municipal de cassetete mantendo todo mundo dentro de casa. Imagina as Forças Armadas com fuzil. Em nome da ciência, da sua vida, você vai ficar em casa mofando. Uma pequena parcela da sociedade até pode ficar em casa mais tempo, mas a grande maioria não pode. Não pode produzir mais nada, todos vão sofrer. Eu sou o garantidor da democracia. Usam o vírus para te oprimir, para quebrar a economia", declarou o presidente.

Em outro momento da transmissão, Bolsonaro leu a carta de um suposto suicida, que teria sido destinada à mãe da vítima.

“Estamos tendo casos de suicídio durante o lockdown. Tivemos um trabalhador que pulou de uma ponte em Fortaleza e um que deixou uma carta, que vou ler”, disse o Bolsonaro, antes de ler o conteúdo da suposta carta.

Pelo segundo dia seguido, o Brasil contabilizou mais de 2 mil mortes em 24h por Covid-19. No total, mais de 270 mil brasileiros já perderam a vida, vítimas da doença.