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MP de revitalização do São Francisco "é uma mentira desleal", diz Alice Portugal

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"Votei contra privatização da Eletrobras", diz deputada  |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 15/06/2021, às 18h52   Redação BNews


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A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) se defendeu de acusações espalhadas nas redes sociais e esclareceu que não foi votada Medida Provisória (MP) para a revitalização do Rio São Francisco, como tem sido espalhado nas redes sociais. Ela reforça que a MP 1031/21, na verdade, trata da privatização do Sistema Eletrobras que, na visão dela, "compromete a soberania energética brasileira, permitindo o aumento na conta de luz para os consumidores e, infelizmente, dizendo 'não' aos programas sociais, como o Luz para Todos". 

"Isso é uma mentira. A verdade é que está prevista uma pequena contribuição para as bacias hidrográficas, a venda do Sistema está condicionada a investimentos irrisórios no nosso Velho Chico. É uma mentira desleal, uma cortina de fumaça que inventaram", esclareceu, se referindo à fake news dizendo que parlamentares votaram contra a revitalização do Rio São Francisco. 

A parlamentar é contra a privatização da Eletrobras. "É uma empresa estratégica que leva energia às regiões mais remotas do Brasil. Uma empresa que dá lucros, foram mais de 26 bilhões e querem vendê-la a preço de banana por 16 bilhões. É uma vergonha para este País a entrega, há geração de risco ambiental. Isso significa entregar à iniciativa privada a administração das nossas bacias hidrográficas. Privatizar a ELETROBRAS é um crime de lesa-pátria", finalizou.

Na última semana, o deputado federal Elmar Nascimento (DEM) veio a público criticar os parlamentares que votaram contra o projeto. Em entrevista ao programa "BNews Agora", da Piatã FM, o parlamentar criticou a esquerda que sempre defende as estatais. "Eu me tremo todo quando vejo essa defesa", ironizou.

No projeto, para a revitalização das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba, a MP determina o aporte de total de R$ 350 milhões ao ano, corrigido pelo IPCA, para projetos de aumento da recarga do rio por meio das vazões dos afluentes e para projetos de flexibilidade de operação dos reservatórios.

Além do dinheiro, usinas da Eletrobras na região, sob controle da Chesf, deverão fazer contrato com o operador do projeto de integração das bacias do rio São Francisco com as do Nordeste Setentrional a fim de disponibilizar um montante médio anual de 85 MW por 20 anos ao preço de R$ 80,00/MWh corrigido pelo IPCA.

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