Política

'Nenhum dos membros dessa CPI será intimidado', afirma Randolfe Rodrigues

Pedro França/Agência Senado
Vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid fez menção a intimidação por "notinha"  |   Bnews - Divulgação Pedro França/Agência Senado

Publicado em 08/07/2021, às 13h48   Léo Sousa


FacebookTwitterWhatsApp

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) subiu o tom durante a sessão desta quinta-feira (8) da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, no Senado Federal. A fala aconteceu após um bate-boca com Marcos Do Val (Podemos-ES).

O parlamentar capixaba interrompeu a fala do vice-presidente da CPI para defender que presos "não têm que ter prioridade" na vacinação contra o novo coronavírus.

A discussão ocorre após a enfermeira Francieli Fantinato, ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, revelar à comissão que o coronel Élcio Franco, secretário-executivo da pasta na gestão de Eduardo Pazuello, pediu que detentos fossem retirados dos grupos prioritários.

"Estou sendo interrompido por uma asneira absurda. Reponha-se, fique no seu lugar. Você e suas milícias não me intimidam", disse Randolfe após se iniciar a discussão.

O senador afirmou que algumas pessoas "estão acostumadas a querer ameaçar" a Comissão Parlamentar de Inquérito e passar impune.

"Não conseguirão. Não passarão. Nenhum dos membros dessa CPI será intimidado, seja de fora, seja por notinha, seja por rede social, seja por milícia virtual, seja aqui dentro. Ninguém", disparou.

Nesta quarta-feira (7), a temperatura sobre o colegiado, que apura ações e omissões do governo federal na condução do enfrentamento à pandemia, subiu, com a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, durante seu depoimento.

Ao decretar a prisão do depoente, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que os militares de bem estariam envergonhados com a conduta de militares suspeitos de envolvimento em corrupção.

Após a declaração do parlamentar, as Forças Armadas divulgaram uma nota na qual afirmam que "não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro".

Leia também:

Em sessão, presidente da CPI da Pandemia pede prisão de ex-diretor do Ministério da Saúde

Ex-diretor da Saúde preso na CPI paga fiança de R$ 1.100 e deixa Polícia Legislativa após 5 horas

CPI da Covid: Ex-chefe do PNI depõe nesta quinta-feira e deve explicar sua demissão

CPI da Covid: Ex-chefe do PNI diz que pediu demissão por "politização" sobre vacina

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp