Fusão DEM, PSL e PP passa por objeção a Bolsonaro; reunião é marcada para próxima semana

As conversas sobre a fusão do DEM, PSL e PP - reveladas pelo site Poder 360 e confirmadas pelo BNews - têm um importante obstáculo a ser superado: a objeção de lideres partidários à filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a essa futura sigla.

O novo partido seria o maior do Congresso, com 121 deputados e 15 senadores do chamado "Centrão", grupo de parlamentares que priorizam o interesse político em detrimento de qualquer ideologia.

SEPARADOS?

Globo trata Mani como "esposa" de Davi mesmo após rumores de separação

POUPANÇA NO VERDE

Apontado como mandante da morte de Marielle tem salário mantido; entenda

O BNews apurou que na próxima semana vai acontecer uma reunião com os presidentes das três siglas. A filiação de Bolsonaro deve ser discutida nesse encontro. O presidente tem relações conflituosas com ACM Neto, presidente do DEM, e Luciano Bivar, líder do PSL, ex-partido de Bolsonaro.

"Acaba sendo 'obrigatório' por causa do fim da coligação proporcional. É da vontade dos três partidos fazer a fusão antes da eleição”, disse ao BNews uma figura com atuação relevante no PSL, em condição de anonimato.

O “super partido” , caso criado, pode ser a “menina dos olhos” nas eleições de 2022, já que terá mais tempo de TV e fundo partidário. Conforme apurado pelo BNews, a projeção mais otimista é que a nova sigla chegue a 150 deputados e 30 senadores.

De acordo com a matéria do Poder 360, a presidência do novo partido ficaria com Luciano Bivar; vice-presidência com Neto; e o PP ficaria com a secretaria-geral, representado por Ciro Nogueira, que é o atual presidente do partido.

Um importante interlocutor do DEM admitiu a existência do planejamento para fusão das três siglas, mas disse que a negociação está mais avançada entre PSL e PP, por causa da resistência de ACM Neto. "Se anteciparia um possível apoio a Bolsonaro, o que seria um entrave no momento", avaliou.

Matérias Relacionadas

Líder do PP na Câmara, Cacá Leão chama de “absurda” possibilidade de fusão PP-PSL-DEM