Política

Marido de Joice nega violência contra a parlamentar: 'Nunca agredi ninguém"

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"N Eu jamais faria isso. Então, é exatamente por esta razão que estou fazendo o que posso para provar o contrário. Fui espontaneamente à polícia para prestar depoimento, à imprensa e a todos", afirmou   |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 26/07/2021, às 07h39   Redação BNews


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O neurocirurgião Daniel França, marido da deputada Joice Hasselmann (PSL), negou ter sido o autor das agressões sofridas pela parlamentar. Hasselmann relata que acordou no último dia 18, no chão de sua casa, em uma poça de sangue, sem lembrar do que havia acontecido. Com várias fraturas, pediu ajuda do marido, que dormia em quarto separado - o casal afirma que tem problemas de ronco, que por isso dormem em cômodos separados.

Levada ao hospital, dois dias depois, foram constatadas as lesões. De acordo com informações do jornal O Globo, o médico participou de entrevista coletiva realizada no apartamento funcional da deputada em Brasília no último domingo (25). Na ocasião, ele deu sua versão sobre o episódio da semana passada, e Hasselmann ressaltou que ele queria levá-la ao hospital tão logo se deparou com os ferimentos. 

"Nunca agredi ninguém. Em nenhum momento da minha vida. Eu nunca dei um tapa em ninguém, nunca dei um murro em ninguém. Essa é a primeira coisa. Segunda coisa, eu não tenho nenhum motivo para fazer isso. Eu jamais faria isso. Então, é exatamente por esta razão que estou fazendo o que posso para provar o contrário. Fui espontaneamente à polícia para prestar depoimento, à imprensa e a todos", afirmou França.

A deputada reiterou que sua última lembrança da madrugada do ocorrido foi a de assistir a uma série em sua cama. Hasselmann suspeita que alguém tenha invadido o local e desferido um golpe em sua cabeça, o que resultou em desmaio. Ela diz que já apontou à Polícia Legislativa e ao Ministério Público "duas pessoas suspeitas", mas preferiu não revelar nomes durante a coletiva. Disse apenas que um deles é um parlamentar.

"Um grande desafeto político que tem acesso muito fácil a esse bloco. Se alguém entrou aqui, não é coisa de amador", disse. A deputada também repetiu que recebeu a informação de "uma fonte" do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre uma suposta ação secreta para minar sua credibilidade. 

Segundo ela, "estavam em busca" de um carro semelhante ao dela para amassá-lo e dizer que ela havia sofrido um acidente "bêbada e drogada". Na última sexta-feira (23), o ministro do GSI, General Heleno, por meio das redes sociais, lamentou os ferimentos de Hasselmann, e disse que as acusações da deputada sobre a suposta armação deveriam ser "perturbação consequente da pancada que levou na cabeça".

"Eu tenho um sono muito pesado. Então, eu não ouvi nada porque eu estava dormindo em outro quarto, que não é colado ao quarto dela. E estava de porta fechada", acrescentou França. Ele afirma que não foi ao hospital logo após o episódio porque a esposa não queria sair de casa. Os ferimentos mais profundos só foram constatados após exames, realizados na última terça-feira (20).

Ambos disseram que, inicialmente, acreditavam se tratar de um acidente doméstico como uma queda. "Ele queria me levar imediatamente ao hospital para fazer as tomografias. Eu sou teimosa igual a uma mula. Eu falei para ele e ainda brinquei: estou com meu personal doctor em casa. Um dos melhores médicos do país. Eu falei: você está me cuidando. Minha preocupação maior era com os dentes", disse Joice. 

 O comentário foi feito, de acordo com o periódico, após o marido ter dito a deputada que repetisse sua frase. Questionado se não deveria ter levado Hasselmann imediatamente ao hospital, França disse que fez uma avaliação clínica, e que se ela tivesse apresentado o "mais mínimo sinal de descompensação"  eles teriam ido ao hospital imediatamente. 

"Já estava programado [a tomografia]. Mas faço questão de repetir. Sei qual é o tom e o objetivo da sua pergunta. Se não fosse da minha mais absoluta especialidade, e se ela tivesse apresentado o mais mínimo sinal de descompensação neurológica, ou até uma dor nova que tivesse aparecido, ela ia ao hospital puxada pelos cabelos, não queria saber", acrescentou.

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