Política

Justiça do Rio autoriza quebra de sigilo bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro

Caio César/CMRJ
O filho “02” do presidente Jair Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público do Rio desde julho de 2019 por suspeita de praticar o esquema de rachadinha  |   Bnews - Divulgação Caio César/CMRJ

Publicado em 31/08/2021, às 20h23   Redação BNews


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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O filho “02” do presidente Jair Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público do Rio desde julho de 2019 por suspeita de praticar o esquema de rachadinha e nomear "funcionários fantasmas".

Segundo reportagem do UOL, o MP-RJ abriu dois procedimentos para investigar o caso após uma reportagem da colunista Juliana Dal Piva e da jornalista Juliana Castro revelar na revista Época, em 20 de junho de 2019, que Carlos empregou sete parentes de Ana Cristina Valle, segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua ex-madrasta. Na reportagem, duas pessoas admitiram que nunca trabalharam para o vereador, embora estivessem nomeados.

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Ainda de acordo com a reportagem, o filho do presidente começou a ser investigado pelo ex-procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem. Depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, no ano passado, que os vereadores não possuem direito a foro especial, o caso foi enviado para a primeira instância e tramita na 1ª Promotoria de Investigação Penal.

A investigação também tem como alvo a professora Marta Valle, cunhada de Ana Cristina Valle, que mesmo morando em Juiz de Fora (MG) passou mais de sete anos lotada no gabinete de Carlos. Questionada na época pela revista Época, ela disse que nunca trabalhou para Carlos Bolsonaro.

O UOL relata ainda o caso de Gilmar Marques, ex-companheiro da fisiculturista Andrea Valle, e morador de Rio Pomba, em Minas Gerais que também investigado. Gravações obtidas mostram que Andrea admitiu que devolvia 90% do salário quando esteve nomeada para Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio.

O salário bruto dele corrigido era de R$ 7,9 mil. Questionado sobre a nomeação, Gilmar disse: "Meu Deus do céu. Ah, moça, você está me deixando meio complicado aqui. Eu ganhava? Isso aí você deve estar enganada". Ele também nunca teve crachá na Câmara.

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