"Aceitem a democracia", diz Bolsonaro em artigo da Folha

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou à cena pública com um artigo lançado na versão impressa do jornal Folha de S. Paulo nesta segunda (11). Na opinião do ex-gestor, países como Brasil, Argentina e Estados Unidos estão soprando ventos democráticos ao optarem por escolherem candidatos de direita.

"Nos lugares onde o povo tem sido chamado a opinar, a maioria escolhe a ordem, o desenvolvimento, o progresso, a liberdade econômica, a liberdade de expressão, o respeito às famílias e à religião, o patriotismo. São as bandeiras que nós, da direita, vimos levantando há anos, mesmo sob graves ameaças autoritárias.", declarou.

No artigo, Bolsonaro também ataca a esquerda, considerando-a uma mal perdedora, ao ter "dificuldade em aceitar a democracia".

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"Quando pode, como na Venezuela, simplesmente frauda, na caradura, o resultado eleitoral. Quando não, como agora no vitorioso retorno do presidente Donald Trump à Casa Branca, lamenta-se por ter permitido que seus adversários da direita disputem as eleições."

Além disso, o artigo se encerra com o ex-presidente ressaltando defender o que o povo anseia.

"Cada um que faça suas escolhas. Nós, da direita, tão injustamente acusados de "extremismo", continuaremos perseverando no caminho que sempre defendemos, o da liberdade e da democracia, entendida como o governo do povo."

Mira na Casa Branca

A dissertação de Bolsonaro sobre a democracia brasileira está totalmente interligada com o resultado das eleições americanas, onde Donald Trump largou na frente em relação a sua oponente, Kamala Harris. Com foco nas eleições presidenciais de 2026, Bolsonaro começa a se articular para lançar um candidato de direita que tenha a sua "bênção" e assim possa bater de frente com a oposição.

Para além disso, a eleição de Javier Milei em 2023 para presidente da Argentina trouxe um novo contorno ao cenário político, sobretudo para os interesses do ex-presidente brasileiro.

O resultado das eleições municipais também traça a influência para 2026. O ex-presidente, que está inelegível, conseguiu eleger 10 prefeitos, diante de 6 do presidente Lula.

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