Política

Aldo Rebelo: "Lula demonstrou incapacidade de governar o país"

Aldo Rebelo, hoje secretário de Relações Internacionais da cidade de São Paulo, foi ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff e presidente da Câmara dos Deputados - Arquivo
Filiado ao MDB, Aldo avalia que Judiciário tem usado “pretextos” para atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Aldo Rebelo, hoje secretário de Relações Internacionais da cidade de São Paulo, foi ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff e presidente da Câmara dos Deputados - Arquivo

Publicado em 06/04/2024, às 12h03   Rebeca Silva


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O ex-ministro e figura reconhecida da esquerda brasileira, Aldo Rebelo, aos 60 anos, expressou sua opinião sobre a gestão do terceiro mandato do presidente Lula. Embora Rebelo tenha tido uma carreira política intimamente ligada ao petismo, tendo ocupado quatro ministérios durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, hoje ele se encontra mais afastado do partido.

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Rebelo, que também serviu como deputado federal por seis mandatos e ocupou a presidência da Câmara dos Deputados durante o escândalo do "mensalão", criticou duramente a atual administração em entrevista ao InfoMoney. Ele acredita que o presidente Lula não é mais capaz de construir "alianças amplas" e "mobilizar os meios políticos" para superar a atual crise no Brasil.

"O presidente Lula parece ter perdido a capacidade de governar o país através de alianças diversificadas, já que tem enfrentado dificuldades para formar uma maioria governável no Congresso. Na economia, o desafio é ainda maior, pois o país ainda não encontrou o caminho para retomar o desenvolvimento e o crescimento", disse.

Ele também condenou a atuação do Judiciário, alegando que o ex-presidente Jair Bolsonaro está enfrentando as mesmas táticas que foram empregadas para tentar excluir Lula do cenário político.

Rebelo não vê os ataques a vários edifícios governamentais em 8 de janeiro de 2023 como uma tentativa de golpe de Estado. Ele os descreve como "desordem, anarquia e algo fora de controle", com ações violentas contra a propriedade pública que mereciam, e receberam, uma resposta forte.

Após 40 anos de militância no PCdoB, Rebelo passou por três outros partidos de esquerda: PSB, Solidariedade, e PDT, onde se candidatou ao Senado na última eleição, mas recebeu pouco mais de 1% dos votos. Em fevereiro deste ano, ele se retirou do partido para assumir a Secretaria Municipal das Relações Internacionais em São Paulo, sucedendo a Marta Suplicy, que voltou ao PT. Na última sexta-feira, ele se juntou ao MDB, o partido do prefeito Ricardo Nunes, embora negue que tenha planos de se candidatar a vice-prefeito.

O PDT declarou seu apoio a Guilherme Boulos (PSOL) na próxima eleição municipal.

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