Política

Aliados de Bolsonaro acabam com comissão que investiga crimes da ditadura

Antonio Cruz/Agência Brasil
Comissão foi criada em 1995 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB); relatório será encaminhado a Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Antonio Cruz/Agência Brasil

Publicado em 15/12/2022, às 20h40   Cadastrado por Daniel Brito


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Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) aprovaram nesta quinta-feira (15), por 4 votos a 3, o fim da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), responsável por investigar crimes praticados durante a ditadura militar.

Vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), a comissão foi criada em 1995 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A sessão que extinguiu o colegiado foi convocada pelo presidente do órgão, o advogado Marco Vinicius Pereira de Carvalho, assessor da ex-ministra Damares Alves e conhecido por ser defensor do regime.

Além de Marco, votaram a favor da medida Jorge Luiz Mendes de Assis, militar; o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) e Paulo Fernando Melo da Costa, ligado ao senador eleito Magno Malta (PL-ES).

Já contra a extinção do conselho, votaram Vera Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura; Diva Soares Santana, irmã de Dinaelza Santana, militante do PCdoB morta pelos militares; e Ivan Marx, representante do Ministério Público Federal.

O relatório recomendando a extinção será encaminhado agora a Bolsonaro. No governo do atual presidente, em 2019, o mandatário decidiu mudar a composição da comissão, nomeando aliados.

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