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“Antes dependia de conjunto probatório. Hoje basta levar o desejado à imprensa”, reage Ramagem a indiciamento pela PF

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Ramagem foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) no governo Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Lucas Pacheco

por Lucas Pacheco

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Publicado em 23/11/2024, às 17h29



Após a Polícia Federal indiciar por tentativa de golpe de estado o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas, diante dos indícios da prática dos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado e organização criminosa, um dos inidiciados, o deputado federal Alexandre Ramagem, que foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) no governo Bolsonaro e também candidato derrotado à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de outubro deste ano, reagiu à decisão da PF. 

Por meio de uma publicação em seu perfil oficial na rede social X, antigo Twitter, Ramagem disse que “antes dependia de conjunto probatório. Hoje basta levar o desejado à imprensa”.

"Narrativa para condenação. Antes dependia de conjunto probatório. Hoje basta levar o desejado à imprensa. Essa é a condenação atual.

STF lida com processos físicos sigilosos. Sigilosos aparentemente apenas aos investigados. Físicos para informar que ainda não houve juntada. Como a imprensa tem acesso a peças dos autos antes, e por que?", questionou. 

O deputado federal também afirmou que a imprensa está envolvida na construção da narrativa de tentativa de golpe. 

"Constroem malabarismo com a imprensa para uma tentativa, sem ter nada tentado, indiscutível aos dispositivos da norma penal geral. Mas regras gerais do ordenamento não importam mais.

Querem alegar fomento à insatisfação popular. A revolta causada a grande parte da população foi a anulação de uma condenação em três instâncias, com farto conjunto probatório, levando o descondenado à presidência, além da destruição econômica que um governo PT causa ao Brasil", disse ele. 

Ramagem disse apontou ainda que há perseguição política no caso. 

"A persecução penal de hoje se tornou perseguição política. Invenção de crime para destruir um seguimento político. E ainda clamam ser em nome da democracia", alegou. 

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