Atual ministro da educação diz que só Milton Ribeiro 'pode dizer o que aconteceu' sobre escândalos

O ministro da Educação, Victor Godoy, afirmou nesta terça-feira (5), durante uma audiência pública das comissões de Educação e Fiscalização e Controle da Câmara, que somente o ex-chefe da pasta, Milton Ribeiro, “pode dizer o que aconteceu” no escândalo do MEC. Ribeiro é investigado por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas no órgão.

Esteve presente também o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. Ambos foram chamados para apresentar esclarecimentos sobre suposto tráfico de influência e corrupção para liberação de recursos públicos no MEC.

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“Minha relação com o ministro sempre foi de cordialidade, de respeito profissional. Espero que ele esclareça tudo o que aconteceu. Só ele pode dizer o que aconteceu. Meu secretário-executivo não acompanha 10% das minhas agendas, porque ele tem as agendas dele. Era exatamente a forma como eu trabalhava com o ex-ministro Milton", afirmou Godoy.

"Espero que ele esclareça tudo que aconteceu. Sempre tive com ele uma relação muito profissional, de cordialidade, nunca tendo ele me solicitado qualquer prática de ato irregular dentro do MEC”, completou. Aantes do pedido de demissão de Ribeiro, Godoy era secretário-executivo da pasta, segundo na hierarquia do ministério.

O ex-ministro é acusado de priorizar pessoas indicadas pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura na distribuição de verbas da pasta. Durante a audiência, Godoy foi questionado pelo deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) se colocaria a "mão no fogo" por Milton Ribeiro, fazendo uma referência à fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre dizer que coloca a “mão no fogo” pelo ex-ministro.

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