Política

Bolsonaro desautoriza Mourão a comentar sobre invasão na Ucrânia durante live

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"Deixar bem claro: o artigo 84 diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube

Publicado em 24/02/2022, às 22h28   Redação


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O presidente Jair Bolsonaro desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão nesta quinta-feira (24), durante uma live transmitida em suas redes sociais. Na ocasião, Bolsonaro se referia aos comentários do general acerca do ataque da Rússia à Ucrânia. "Deixar bem claro: o artigo 84 diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final. Com todo respeito a essa pessoa que falou isso — e falou mesmo, eu vi as imagens — está falando algo que não deve. Não é de competência dela. É de competência nossa ... Mais ninguém fala. Quem está falando está dando peruada naquilo que não lhe compete", afirmou o presidente.

Pela manhã, ao responder aos jornalistas, Mourão disse: “o Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”, mas Bolsonaro não gostou do comentário. "Só para vocês terem uma ideia. Não é combinado, é acertado naturalmente, quando é que eu falo qualquer coisa sobre esse problema Rússia e Ucrânia? Eu falo depois de ouvir o ministro Carlos França, das Relações Exteriores, e o da Defesa, Braga Netto. E ponto final. Se for o caso, convido mais algum ministro para a gente tomar uma... para eu tomar uma decisão", seguiu o presidente

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Até o momento, Bolsonaro apenas disse que quer paz e que cuidará do resgate aos brasileiros que estão na Ucrânia, mas sem apresentar uma posição definida acerca desse assunto. "Nossa posição é pela paz. Nas próximas horas, tenho reunião com o ministro França, tenho com o ministro da Defesa também, o Braga Netto, mais autoridades do governo para que nós possamos, não seria a primeira reunião nossa, dimensionar o que está acontecendo e o Brasil tem a sua posição", afirmou Bolsonaro.

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