Política

Carlos Muniz sai em defesa de Geraldo Júnior sobre acusação de "jabuti" em PL de reajuste de servidores

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Carlos Muniz também voltou a cobrar o comparecimento à Câmara do secretário de Saúde, Décio Martins, para esclarecer o "caso ISAC"  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews

Publicado em 29/07/2022, às 14h50 - Atualizado às 14h52   Eduardo Dias


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O vereador Carlos Muniz (PTB) rebateu nesta sexta-feira (29), durante entrevista ao programa Boa Tarde Bahia, da TV Bandeirantes, acusações feitas pelo líder do governo na Câmara Municipal (CMS), Paulo Magalhães Jr. (UB), contra o presidente da Casa, Geraldo Júnior (MDB). 

Paulo e a base governista tem dito que Geraldo usou um "jabuti" no projeto final enviado pela CMS para sanção do prefeito Bruno Reis (UB). Segundo os governistas, o PL enviado contém um artigo diferente do que foi aprovado pelos vereadores em sessão extraordinária. 

"Tenho certeza que Geraldo Júnior jamais faria isso. Não porque eu sou aliado dele, mas porque primeiro eu sou aliado do povo de Salvador. Geraldo nunca ia cometer uma loucura, um crime, como o vereador Paulo Magalhães falou. Eu acho que o vereador está se equivocando porque todas as coisas que não são boas para o prefeito Bruno Reis e para o ex-prefeito ACM Neto, eles estão com uma mania de dizer que é incostitucional, que é não foi votado, e é uma forma dele se desculpar ou por ele não ter prestado atenção na votação ou por ele ser incompetente de ver o artigo e não saber o que estava votando", disse Muniz. 

"Então, na realidade, o projeto foi votado com três emendas e todas as três foram lidas no momento da votação. Ou é falta de atenção ou incompetência dele para falar uma besteira dessa", completou o vereador.

Muniz foi o autor da denúncia feita no Plenário da Câmara em relação à irregularidades em uma licitação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) envolvendo o Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), para gerir uma unidade de saúde da capital. A denúncia resultou na aprovação da convocação do secretário Décio Martins para prestar esclarecimentos à Casa. 

No entanto, o prefeito Bruno Reis e os vereadores da base governistas defendem a não ida do secretário à CMS e acusam Muniz e o presidente Geraldo Júnior de uso eleitoreiro da convocação. 

"É mais um rime cometido. Se o secretário foi convocado e não comparecer, é mais um crime que ele vai assim cometer. Eu recebi a denúncia e pedi que aquela denúncia fosse esclarecida. O que recebi foi que estavam dando chances daquela empresa, a ISAC, para que ela, mesmo em momento de licitação em que fosse desclassificada, assim não fosse", disse.

"O que pedi foi que fosse esclarecido à comissão de licitação. Como nós não podemos convocar a comissão de licitação, nós fizemos a convocação do secretário, o que é uma besteira. Se ele não tem nada a esconder, por que ele não esclarecer à Câmara as dúvidas que a Câmara tem?", quetiona Muniz.

O vereador rebateu ainda a afirmação dos vereadores governistas, Paulo Magalhães e Kiki Bispo de que a convocação estaria sendo feita de forma eleitoreira, com o intuito de atingir o prefeito Bruno Reis. 

"Acho acusações levianas. Eu jamais iria fazer uma convocação pensando em política. A convocação que eu quero fazer é para que o povo não tenha prejuízo. Eu vi, em 2019, licitações no governo de ACM Neto de píncel de R$ 18 milhões. No dia que eu fiz o discruso, foi cancelada a licitação. Na outra semana, sacos transparentes por R$ 23 milhões. Fui e fiz o discurso e o secretário da Senge, Thiago Dantas, me disse: 'Obrigado, vereador, foi um erro de digitação'. Eu faço uma pergunta: sou eu que estou cometendo crime, ou estou fazendo o meu papel de fiscalizar o Executivo?", questiona. 

"Se eles forem fazer o que a denúncia foi passada para mim, o povo de Salvador terá um prejuízo enorme. Porque teria uma empresa que presta um péssimo serviço e que não era para ganhar a licitação e ganhou", finalizou.

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