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Caso Isidório: Vice-líder do PT reage após denúncia de maus tratos na Fundação Doutor Jesus

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Vice-líder do PT criticou ainda os repasses milionários feito pelo Ministério da Cidadania  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 20/06/2022, às 14h23   Redação BNews


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A vereadora Maria Marighella (PT), vice-líder do partido na Câmara Municipal de Salvador (CMS), condenou nesta segunda-feira (20) o tratamento antidrogas ofertado pela Fundação Doutor Jesus, do deputado federal baiano, Pastor Sargento Isidório (Avante), em Candeias. 

A chamada comunidade terapêutica, foi denunciada pelo Fantástico, programa da TV Globo, no domingo (20), por maus tratos contra os internos. Entre eles castigos físicos, racionamento de comida, segregação e repressão sexual, além de doutrinação religiosa interferindo nos cuidados médicos.

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"Em 74, Nise da Silveira já denunciava e combatia as técnicas agressivas no tratamento de pessoas com doenças mentais. Em lugar desses métodos, ela preconizava um tratamento baseado na arte e revolucionou a luta antimanicomial. Proselitismo religioso e tratamento manicomial só trazem dor e sofrimento. Não aceitaremos aqui na Bahia esse tratamento que nega a ciência e alimenta a LGBTQIAP+ fobia", pontua a vereadora.

"As alternativas de tratamento são muitas, a exemplo do programa Corra pro Abraço, na Bahia, que aponta para um outro caminho,  mais  como tratamento antidrogas. O programa garante a cidadania e os direitos de pessoas em contextos de vulnerabilidade social devido à criminalização das drogas,  aproximando seus beneficiários das políticas públicas existentes e entendendo que o estigma e as desigualdades interferem em suas capacidades de busca, acesso e acolhimento pelos serviços públicos, mas precisa de incentivo financeiro e priorização do Estado", completa.

A vice-lider do PT na Câmara criticou ainda os repasses milionários feito pelo então ministro da Cidadania e atual pré-candidato ao governo da Bahia, João Roma, à essas entidades. 

"As comunidades terapêuticas estão no centro da política nacional antidrogas do governo Bolsonaro, que aponta para a abstinência como única solução viável. É urgente agir fiscalizando tanto nas formalidades dos contratos quanto nos conceitos e tratamentos daqueles e daquelas que estão em sofrimento mental", afirma.

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