'Compor para sobreviver', Lídice da Mata fala de Federação com PDT e Solidariedade

Deputada federal, Lídice da Mata (PSB) falou sobre as impressões que tem sobre a possível federação do seu partido com o PDT e Solidariedade - este último correndo por fora nas tratativas. Apesar de entender que o acordo ainda precisa de muitas tratativas para ser finalizado, ela acredita que a união de partidos em blocos é uma alternativa para a sobrevivência.

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O número de partidos na Câmara dos Deputados caiu vertiginosamente entre as últimas duas legislaturas. Eram 30 e caiu para 13 no mandato que iniciou em fevereiro deste ano. Lídice enxerga como uma consequência da nova legislação eleitoral e vê o agrupamento em blocos como um caminho sem volta enquanto forem essas as condições.

"É resultado da legislação eleitoral que foi votada lá atrás em 2014 e complementada em 2018. Com uma cláusula de barreira que cresce um pouco a cada ano, os partidos têm necessidade de se compor para sobreviver. Se fala, em Brasília, da possibilidade de uma federação entre PMDB, PSDB e Cidadania, seria um outro bloco. Mesmo partido com a tradição do MDB, que tem, também, ainda uma bancada razoável está tentando se colocar. Saímos de mais de 30 partidos para 13 partidos na Câmara e a tendência é reduzir pela metade", disse Lídice em entrevista nesta sexta-feira (10).

Ela afirmou que há diferenças sensíveis entre a negociação com o PDT, que acontece neste ano, e aquela rejeitada pelo PSB em 2022, quando o partido ficou de fora da Federação composta por PV, PC do B e PT.

"Os condicionantes colocados não foram aceitos pelo PT. O principal problema naquela composição era que o PT era muito maior que os outros partidos e como a federação estabelece um foro de decisão, o PT tinha quase 2/3 da federação então em princípio qualquer partido que compusesse com o PT ia prevalecer o PT", explicou Lídice.

"Agora, é uma composição mais próxima porque os tamanhos dos partidos são mais próximos, principalmente do PSB com o PDT. O Solidariedade só tem três deputados. É um movimento que está acontecendo."

Apesar das expectativas sobre a possibilidade da formação de uma federação entre PDT e PSB, o deputado federal e presidente do Partido Democrático Trabalhista na Bahia, Félix Mendonça Júnior, disse que as discussões ainda ‘são embrionárias’.

O possível acordo vem sendo conduzido pelos presidentes dos partidos, o ministro da Previdência Social Carlos Lupi e o advogado Carlos Siqueira, mas Félix disse que ainda é cedo para “cravar”. "Pode acontecer, sim, mas ainda está muito cedo para cravar.  As negociações estão são preliminares", declarou ao BNews.