Coronavírus

'Propaganda falaciosa' atrapalha retorno às aulas, diz secretário de Educação de Salvador

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Gestor afirmou que professores serão punidos por ausência  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/ Bnews

Publicado em 03/05/2021, às 07h49   Luiz Felipe Fernandez e Nilson Marinho


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Em meio ao debate que divide prefeitura, pais e professores sobre a segurança do retorno às aulas semipresenciais em Salvador, a cidade abre as portas das suas instituições de ensino nesta segunda-feira (3), um ano depois do fechamento delas devido a identificação dos primeiros casos de Covid-19 na Bahia. 

O secretário municipal de Educação, Marcelo Oliveira, acredita que o número de alunos que retornará às escolas é menor do que a gestão imaginava em função da “propaganda negativa”. Exigindo a vacinação de todos os professores, independente da idade, a Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA) decidiu não retornar às atividades.

“Alguns pais não vão [enviar seus filhos], ainda estão receosos, houve uma propaganda negativa muito grande sobre essa questão do retorno às aulas, foi uma uma propaganda falaciosa, ou seja, não corresponde à realidade dos fatos. Se você entrar numa escola municipal vai ver que foram tomados muitos cuidados e não podemos perder de vista que teremos apenas metade das crianças de cada turno”, diz o secretário.

"Uma boa parte delas [crianças], senão a maioria, estão, certamente, brincando na rua e tendo contato com seus amiguinhos, sem esse controle de número, tendo contato com bastante adultos, vizinhos, enquanto que, na escola, eles vão ter contato apenas com as crianças e o professor que vai tá afastado e vacinado. Então, não há razão para os pais não trazerem as crianças para escola. Eu acho que, na prática, é difícil manter esse distanciamento social nos bairros, né?", completa. 

O gestor afirma que os professores que não comparecerem às instituições, naturalmente, serão penalizados. De acordo com a prefeitura, mais de 20 mil trabalhadores da educação na rede pública – estado e município  – já receberam a primeira dose da vacina.

"Aqueles que não votarem e não tiverem um motivo justo lá vão ter as cominações. Acho que isso é natural, não tem nada a ver com retaliação, nem questionamento do movimento paredista, isso acontece com qualquer funcionário", finaliza Marcelo.

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