Deputado baiano repudia cenas de violência em festival no Nordeste de Amaralina

O deputado baiano Bacelar (PV) repudiou as cenas de violência registradas Festival Nordeste Day, que ocorreu no último domingo (28), realizado no Nordeste de Amaralina, em Salvador. O caso tem repercutido nas redes sociais ao longo desta segunda-feira (29).

"Venho através deste comunicado deixar registrado o meu repúdio diante de uma ação truculenta promovida pela Polícia Militar, na noite deste domingo (28), no Nordeste de Amaralina. Cerca de 40 mil pessoas se reuniram no final de linha do bairro para acompanhar a realização da 11ª edição do Nordeste Day, com apresentações artísticas de moradores da região, quando foram surpreendidas por policiais da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), que chegaram ao local disparando rajadas de tiros para o alto e bombas de gás lacrimogênio", iniciou Bacelar.

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"O evento, que foi iniciado às 14 horas e encerrado às 22 horas, ocorreu de maneira ordeira e pacífica, sem nenhum registro violento protagonizado por moradores. No entanto, o brilho da festa foi ofuscado pela ação desrespeitosa e racista dos policiais que, com toda certeza, não representam os valores defendidos pela Polícia Militar do Estado da Bahia", continuou.

"O Nordeste é um celeiro de artistas e talentos e não pode ficar conhecido na mídia apenas pela criminalidade que assola o país como um todo. Não podemos aceitar atitudes que reforcem a violência e o estigma que os bairros periféricos carregam. Por isso, peço ao Comando-Geral da Polícia Militar da Bahia, que é uma instituição séria e de respeito, que nos ajude a identificar e punir os policiais responsáveis por esta ação contra os moradores do Nordeste de Amaralina".

Mais cedo, em nota, a PM declarou que uma equipe da 40ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) atuou para desobstruir a via, quando notou uma aglomeração de pessoas e muitos veículos com som tipo paredão. A PM informa ainda que os policiais pediram que os sons fossem desligados e foram atendidos, mas posteriormente novamente os equipamentos foram ligados.

"As equipes da PM se dirigiram aos proprietários e foram desacatados. Eles insuflaram a multidão contra a guarnição e garrafas de vidro foram atiradas contra os militares, sendo necessário o uso de agentes químicos para preservar a integridade física de todos, inclusive dos próprios policiais", diz a nota da PM.

A Polícia Militar reforçou que não houve qualquer disparo de arma de fogo por parte da corporação.

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