Política

Deputado bolsonarista ironiza denúncias e presenteia parlamentar com bijuterias na CPI

Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Deputada acusa Bolsonaro de receber pedras preciosas do “garimpo ilegal”  |   Bnews - Divulgação Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Publicado em 08/08/2023, às 16h58   Cadastrado por Victória Valentina


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O deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-RJ) aproveitou sua fala durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeir desta terça-feira (8) para ironizar a denúncia feita pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). De acordo com ela, o ex-presidente Jair Bolsonaro e a esposa dele, Michelle Bolsonaro, estão envolvidos em suposto esquema de pedras preciosas.

A deputada afirma que Bolsonaro recebeu pedras preciosas do “garimpo ilegal” durante visita a Teófilo Otoni (MG) e não as registrou. O caso teria acontecido no dia 26 de outubro de 2022, e as pedras teriam sido entregues em um envelope e uma caixa, durante ato de campanha.

Em ato afrontoso, Barros defendeu o ex-presidente e comprou as supostas pedras recebidas para presentear Jandira.

“Eu, deputado Felipe Barros, pedi pra minha assessoria ir hoje ali na feirinha que tem ali na Esplanada dos Ministérios. Está aqui. Fiz questão de comprar. Um topázio que paguei R$ 280,00. Um citrino que eu paguei R$ 320,00 e uma prasiolita que eu paguei R$ 90,00. Eu gostaria, inclusive, de ofertar essas pedras para a deputada Jandira, mas que infelizmente não se faz presente. Mas eu acredito que ela não gostaria porque as pedras são da cor da bandeira do Brasil, ela prefere o vermelho do que a bandeira do Brasil”, disse.

Conforme a denúncia da parlamentar, a CPI recebeu mais de 46 páginas com os 1.055 presentes recebidos por Bolsonaro durante o mandato, mas as pedras preciosas não constam nessa lista porque, segundo ela, não foram cadastradas.

Jandira Feghali afirmou que os emails analisados mostram que o então ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, teria orientado para que as pedras não fossem cadastradas, mas entregues pessoalmente a ele. Ela sugeriuu ainda que as pedras supostamente recebidas  recebidas seriam provenientes do garimpo ilegal.

“Há poucos dias fui caluniado por uma deputada do PCdoB, na CPMI, como tendo recebido diamantes para financiar atos antidemocráticos. Só no Brasil uma comunista, muito bem nutrida, que nunca passou fome na vida, fala em defender a democracia”, rebateu Bolsonaro

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