Política

Eleições: MBL marca reuniões com Moro para grupo integrar campanha em 2022

Reprodução/Twitter
O MBL marca reuniões com Moro após declarar apoio público ao ex-juiz  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Twitter

Publicado em 28/12/2021, às 16h56   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) e o pré-candidato á Presidência Sergio Moro (Podemos) marcaram reuniões para janeiro de 2022 com o objetivo de integrar o grupo à campanha do ex-juiz da Lava Jato. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A ideia é que o MBL auxilie Moro em estratégias políticas e de comunicação na campanha.

A pré-candidatura do também ex-ministro da Justiça tem atraído dissidentes do governo Bolsonaro, como o próprio MBL  e o Vem Pra Rua. Ambos estiveram presentes no ato de filiação do ex-juiz ao Podemos, em Brasília, em 10 de novembro.

Recentemente, o MBL firmou apoio a Moro, e o ex-juiz se comprometeu a fazer campanha para Arthur do Val (Patriota) ao governo de São Paulo.

Leia também: #BolsonaroVagabundo vai ao topo após férias durante caos na Bahia; veja reações

Senadores cobram atuação do governo Bolsonaro na Bahia após fortes chuvas

Por que a rejeição de Bolsonaro aumentou em 2021?

Popularizar discurso

O pré-­candidato do Podemos a presidente da República foi ao Recife lançar um livro e, num encontro com apoiadores, se deixou fotografar de calça jeans, mangas arregaçadas e um chapéu de sertanejo, de acordo com o jornal O Globo. Quem conhece o ex-juiz sabe que esse tipo de performance não combina com o formalismo que a liturgia da magistratura exige e do qual ele ainda tem muita dificuldade de se afastar.

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o ex-ministro da Justiça é considerado uma alternativa para atrair o voto daqueles que rejeitam o petista Lula, que hoje aparece na liderança, e o presidente Jair Bolsonaro, o segundo colocado. Calcula-se que 9% dos eleitores, o que corresponde a 13 milhões de brasileiros, se enquadrem nesse perfil. A consolidação do ex-juiz como o favorito da chamada Terceira Via, porém, depende de outras variáveis. A pouco mais de dez meses para as eleições, Sergio Moro tem uma modesta estrutura partidária, não conta com nenhum grande palanque estadual consolidado e a articulação política em torno de sua candidatura ainda é incipiente.

Nas últimas semanas, um novo fator se somou a essa lista de gargalos: a falta de capilaridade junto ao eleitor que, embora conheça ele e a Operação Lava-Jato, está longe de considerar o combate à corrupção ou a defesa da prisão em segunda instância, duas das bandeiras do ex-­juiz, como suas preocupações mais urgentes. Hoje, Moro, no melhor dos cenários, conta com 11% das intenções de voto. É um desempenho considerado relativamente satisfatório para quem nunca disputou uma eleição, tanto que o União Brasil, o superpartido em formação a partir da fusão do PSL e do DEM, já deu sinal verde para que alguns de seus dirigentes iniciem uma aproximação tática com o ex-ministro.

Historicamente, a legenda acumula uma enorme resistência a Moro, mas não tem candidato a presidente, conta com uma imensa estrutura nacional e um fundo bilionário para ser usado na campanha, o que pode provocar o fenômeno dos “opostos que se atraem”. Essa aproximação, segundo dirigentes do União, também rendeu o seguinte diagnóstico: se o objetivo é vencer a eleição, é preciso repaginar a figura de Sergio Moro e agregar outros temas ao discurso dele. O partido contratou uma empresa que tem monitorado nas redes sociais as citações ao ex-ministro.

Os primeiros resultados mostram que ele é visto como elitista e o discurso anticorrupção empolga menos do que temas como carestia e desemprego. A última pesquisa DataFolha deu contornos ainda mais claros a essa constatação.

Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão!

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp