Política

"Eu errei", diz Dória sobre relação com Bolsonaro

Agência Brasil/ Marcos Corrêa
O pré-candidato a Presidência da República, João Dória, assumiu o erro de se aliar a Bolsonaro durante a campanha de 2018  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil/ Marcos Corrêa

Publicado em 16/02/2022, às 06h00   Letícia Rastelly


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“Eu errei. Nós erramos”, foi assim que João Dória (PSDB), governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República justificou o apoio dado ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL) na época da campanha, em 2018. “O erro foi acreditar que as propostas de Jair Bolsonaro eram honestas, transformadoras para o Brasil. Alguém que dizia que faria um governo liberal (...) iria apoiar das causas ambientais, de apoio a diversidade, aos negros, aos quilombolas (...) e que teria a compreensão humana dos fatos”, relatou Dória durante entrevista no programa BNews Agora desta terça-feira (15), na Piatã FM.


Ainda justificando o distanciamento entre ele e Bolsonaro logo após assumir o cargo, em São Paulo, Dória relata: “antes da pandemia ele já não tinha condições. Com dois meses tendo assumido a Presidência da República, fez gestos intimidatórios, antidemocráticos, inclusive ameaçado fechar o Supremo Tribunal Federal e tentou intimidar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia”, relembrou o governador.

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Para Dória, além de ter se deixado iludir pelas promessas de Bolsonaro, o pior é o fato que o atual presidente não age como uma democrata, o que para ele é algo indispensável a um parlamentar. “Tristes medidas e tristes posições. Eu sou democrata, filho de um baiano, que nasceu em salvador, foi exilado no golpe militar, ficou fora do Brasil por dez anos, por ser um democrata, um defensor da democracia e da liberdade. Eu jamais me colocaria ao lado de uma pessoa que não fomente o pensar, raciocinar e se manifestar”, finalizou o governador.

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