Política

Faturas de cartão de crédito estremeceu relação entre Mauro Cid e Michelle Bolsonaro

Alan Santos / PR / Divulgação
Cartão de amiga da ex-primeira-dama e 'fantasma da rachadinha' preocuparam ex-ajudante de ordens de Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Alan Santos / PR / Divulgação

Publicado em 14/07/2023, às 12h40   Cadastrado por Tácio Caldas


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Na última terça-feira (11), aconteceu o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Messias Bolsonaro (PL) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro. Na ocasião, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente preferiu exercer o seu direito de ficar em silêncio e não falou sobre as invasões aos prédios dos Três Poderes, preferindo falar apenas do relacionamento com a família Bolsonaro, em especial com a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

De acordo com o colunista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles, em um primeiro momento, Cid falou sobre o seu relacionamento conturbado com a ex-primeira-dama e também sobre questões relacionados a pagamentos de contas de Michelle e de alguns dos seus familiares. Neste momento, o tenente-coronel também falou sobre um cartão de crédito e sobre suas preocupações dessa movimentação ser vista como algo errado.

Cartão da amiga Rosi

Esta foi uma das maiores confusões que Cid vivenciou ao lidar com os pagamentos das contas da ex-primeira-dama, algo que estremeceu ainda mais a relação entre os dois. Isso porque, segundo o próprio oficial, entre as várias contas que ele pagava da de Michelle Bolsonaro, estavam boletos do cartão de crédito que Michelle usava, mas era de uma amiga dela, uma funcionária comissionada do Senado Federal.

Mauro Cid afirmou ainda que, após exposição da situação ao público, ele passou a se recusar a efetuar o pagamento dessas faturas porque entendi que ali poderia surgir uma grande chance de problemas futuros, já que Rosimary era lotada no gabinete do senador Roberto Rocha (PT), então aliado de Bolsonaro, onde ele temia que essa história pudesse se transformar em um problema para o próprio presidente.

O 'fantasma da rachadinha'

Ao explicar este temor, o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, mencionou o risco que essa relação financeira entre Michelle e Rosimary poderia ter, uma vez que poderia ser interpretada como algo promíscuo, havendo, inclusive, menções às rachadinhas que já embaraçavam a família naquele momento, com as investigações sobre Flávio e Carlos Bolsonaro.

Mauro Cid falou ainda que pensou em conversar com a ex-primeira-dama para explicar o possível problema, mas pelos atritos anteriores não viu espaço para fazer isso de forma direta com Michelle, tendo mandado recado, o que não resolveu e gerou ainda mais atritos entre as partes. Devido a isto, Cid decidiu - em palavras dele -, recorrer a outra alternativa e algo menos problemático.

O oficial decidiu, então, mudar a abortagem para tentar evitar qualquer tipo de ligação entre as partes com o ex-presidente Bolsonaro. “Não vou pagar boleto. Se me pedir dinheiro, eu passo o dinheiro, mas não vou pagar o boleto”, disse ele à comissão, se referindo àquela situação.

A partir dai, para não deixar de atender aos pedidos de Michelle, o tenente-coronel passou a sacar o dinheiro e entregar os valores para que assessores fizessem os pagamentos na boca do caixa. Apesar dessa tentativa, os pagamentos foram rastreados e acabaram parando na investigação que o coloca como personagem central do caixa paralelo que servia à então família presidencial.

Assista ao Radar BNews da última quinta-feira (13):

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