Política

Foragido por bomba em aeroporto, ex-assessor de Damares revela esconderijo em fazenda de bolsonarista

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Blogueiro Wellington Macedo é ex-assessor de Damares, hoje senadora; ele diz que não se entregará  |   Bnews - Divulgação Foto: Reprodução

Publicado em 26/04/2023, às 10h50   Cadastrado por Vinícius Dias


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Ex-assessor da hoje senadora Damares Alves (Republicanos) e acusado de ser um dos três a tentar explodir uma bomba em caminhão nas proximidades do Aeroporto de Brasília na véspera do Natal do ano passado, Wellington Macedo revelou que está escondido na fazenda de um bolsonarista e diz que não não vai se entregar à Polícia. Ele está foragido.

Blogueiro e influenciador, Macedo deu entrevista ao Jornal Folha de São Paulo na última terça-feira (25) dizendo que não sabia da existência da bomba e do plano para detonação do explosivo. Ele ainda diz que é perseguido pelo Judiciário.

Ele rompeu a tornozeleira eletrônica antes de deixar o Distrito Federal foragido. À Folha, ele alegou que está em local isolado, de propriedade de um produtor rural que conheceu no acampamento golpista que se instalou em frente ao QG do Exército em Brasília após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. O nome do empresário e a localização da propriedade rural não foram reveladas.

"Eu não voltei mais em casa, fui para outra cidade. Estou numa fazenda de pessoas que conheci no acampamento. Estou bem isolado, estou longe", disse em ligação por telefone.

Ele foi preso em 2021 por determinação do ministro Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes sob acusação de incentivar atos antidemocráticos no 7 de Setembro. Deixou a prisão 42 dias depois e vinha sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

As investigações da Polícia Civil do Distrito Federal apontam que Macedo foi responsável por dirigir o carro que transportou a bomba do acampamento bolsonarista em frente ao QG até o aeroporto do Brasília.

O artefato foi preparado pelo empresário George Washington de Oliveira e colocado em um caminhão no aeroporto pelo também bolsonarista Alan Diego dos Santos e Sousa, de acordo com as investigações. Os três se tornaram réus em janeiro após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal aceitar a denúncia do Ministério Público. Apenas Macedo segue foragido.

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