Política

Forças Armadas encomendam 35 mil comprimidos de viagra

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Citrato de sildenafila é indicado para o tratamento da disfunção erétil; deputado federal pede explicações sobre aquisição dos comprimidos  |   Bnews - Divulgação DIVULGAÇÃO/PFIZER

Publicado em 11/04/2022, às 15h14   Redação BNews


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As Forças Armadas brasileiras autorizaram processos de compra de 35.320 unidades de citrato de sildenafila, conhecido como Viagra. O medicamento é indicado para o tratamento de homens com disfunção erétil. Dados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal mostram oito pregões homologados entre 2020 e 2021, e ainda em vigor neste ano.

A informação é da colunista Bela Megale, do O Globo, com base em dados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal.

A maior parte das aquisições é direcionada à Marinha, com 28.320 unidades do medicamento. No caso do Exército, foram 5.000 comprimidos; e da Aeronáutica, foram 2.000.

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As informações foram levantadas pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que apresentou um requerimento solicitando ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, explicações sobre os processos de compra. Paulo Sérgio assumiu a pasta no último dia 8. Até então, o ministro era o general Braga Netto.

“Precisamos entender por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam, com frequência, falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação”, disse o deputado.

O parlamentar também já questionou outras aquisições feitas pelo Ministério da Defesa. Na semana passada, informou ter identificado compra de alimentos de luxo entre fevereiro do ano passado e fevereiro deste ano. Vaz apontou que só de filé mignon foram 557,8 mil quilos para atender aos comandos da Marinha, da Aeronáutica e do Exército, além da Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil)

O deputado também detalhou que dados da transparência do governo federal mostraram processo de compra, mediante dispensa de licitação, de 373,2 mil quilos de picanha e 254 mil quilos de salmão. No ano passado, ele e outros parlamentares do PSB denunciaram compras de alimentação dentro do governo federal, dessa vez atingindo o Ministério da Economia, com aquisição de picanha, cerveja e uísque.

Questionada pela coluna, a Marinha afirma que a síndrome “pode ocorrer associada a uma variedade de condições clínicas subjacentes ou a uma doença que afeta exclusivamente a circulação pulmonar”.

A Marinha declarou que se trata de uma “doença grave e progressiva que pode levar à morte”.O Exército e o Ministério da Defesa ainda não enviaram resposta.

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