Política

Sérgio Moro se consolida na "terceira via", avalia instituto de pesquisa

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Ex-juiz Sérgio Moro se isolou dos adversários mais diretos pelo terceiro lugar  |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 08/12/2021, às 15h52   Redação BNews


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A sétima rodada da pesquisa Genial/Quaest mostra que o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) consolidou o seu lugar como o candidato da "terceira via". Embora seus índices estejam atrás do ex-presidente Lula (PT), com 46%, e do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 24%, o ex-juiz da Lava Jato se isolou dos adversários mais diretos pelo terceiro lugar com 11% das preferências.

“Moro está vagarosamente ocupando um espaço de quem é nem Lula, nem Bolsonaro”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest. “Mas ele precisa modular o discurso. A rejeição é muita alta, só abaixo da de Bolsonaro: 61% das pessoas que conhecem o ex-juiz dizem que não votariam nele”.

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) tem 5%, o governador de São Paulo João Doria (PSDB) tem 2% e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), 1%.

Os recortes da pesquisa mostram que Moro está tomando espaço de Bolsonaro e Ciro. Quando ele é retirado da disputa, quem mais ganha é Bolsonaro. Também na simulação de segundo turno há um sinal positivo para Moro: ele perde para Lula de 53% a 29%, mas em outubro a diferença era de 35 pontos percentuais.

Se a eleição fosse hoje, Bolsonaro perderia para Lula, Moro ou Ciro. Contra o ex-juiz, o placar seria de 34% a 31% para Moro. Contra o ex-governador do Ceará, 39% a 34% para Ciro. E, contra Lula, o atual presidente perderia de 55% a 31%. Como na pesquisa passada, Lula venceria em todos os cenários de segundo turno e manteve a possibilidade levar a eleição já no primeiro turno, com 52% dos votos válidos.

De modo geral, Bolsonaro parece ter estancado a má avaliação de seu governo. Em novembro, 56% dos entrevistados avaliavam negativamente o governo. Em dezembro, esse número é de 50%. A avaliação negativa caiu em todas as regiões do país, exceto o Nordeste; em todas as faixas de renda ou de escolaridade; e entre homens e mulheres.

Em contrapartida, quando perguntados sobre a atuação do governo em diversas frentes – como o combate à corrupção e à Covid-19 – os brasileiros se mostram descontentes. Para 47%, a avaliação é negativa na luta contra o coronavírus; 48% consideram negativa a atuação contra a corrupção; e 70% acham negativa a ação do governo contra a inflação. Geração de empregos (51%), combate às queimadas na Amazônia (51%) e combate à violência (50%) também foram mencionados de forma negativa.

A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 5 de dezembro com 2.037 entrevistas presenciais em todos o Brasil. O nível de confiança da pesquisa Genial/Quaest é de 95%, com margem de erro máxima de 2%, para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra.

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