Política

Governo determina que Google defina material contra PL das Fake News como 'publicidade'

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Google também terá que publicar 'contrapropaganda' indicando que tem interesse comercial no tema  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 02/05/2023, às 12h58   Redação BNews


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O Governo Federal, através da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), determinou que o Google defina o material publicado pela empresa contra o PL das Fake News como "publicidade". A multinacional americana também terá que publicar "contrapropaganda" indicando que empresa tem interesse comercial no assunto.

Ao longo da última semana e até esta terça-feira, 2, por volta das 12h40, ainda era possível ver um link na tela inicial do buscador com a seguinte mensagem: "O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil".

Clicando no texto, o usuário é levado um artigo do dia 27 de abril contra o projeto de lei. Nesse artigo, há link também para um outro, chamado "Como o PL 2.630 pode piorar a sua internet".

Após a determinação da Senacon, o link foi retirado do ar. Em nota, o Google afirmou que são "falsas" as alegações de que a empresa estaria ampliando, nas buscas sobre o tema, o alcance de páginas com conteúdo contrário ao PL das Fake News.

A empresa também afirmou que o material assinado pela própria sobre o tema é uma manifestação "pública e transparente" da visão da organização.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) criticou a pressão das empresas de tecnologia contra a matéria e disse acusou as empresas da web de fazer “jogo sujo”. "É manipulação para colocar o Congresso de joelhos". "É jogo sujo, não podem usar da posição de quem tem 96% do mercado de quem vai pesquisar qualquer coisa para fazer desinformação", disse ele em entrevista à GloboNews.

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