Política

GOVERNO JERÔNIMO: Novo nº2 da SSP já interrogou Geddel Vieira Lima em caso JBS; conheça carreira

Foto: Rafael Rodrigues/SSP/Divulgação
Delegado da Polícia Federal, Marcel Ahringsmann de Oliveira é o novo nº2 da SSP  |   Bnews - Divulgação Foto: Rafael Rodrigues/SSP/Divulgação

Publicado em 11/02/2023, às 08h48   Vinícius Dias


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Delegado da Polícia Federal, Marcel Ahringsmann de Oliveira é o novo nº2 da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, que passa por reformas com a nomeação do secretário Marcelo Werner, também oriundo da PF, e que foi escolhido por Jerônimo Rodrigues (PT) para chefiar um dos maiores calos da gestão petista no Governo do Estado.

Ahringsmann assumiu a subsecretaria da pasta, com nomeação publicada na última sexta-feira (10), no Diário Oficial do Estado. Ele substituiu Hélio Jorge Oliveira Paixão, ocupante do posto desde dezembro de 2020. Na Polícia Federal, o novo subsecretário atuou em setores como o de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF na Bahia, comandando operações como a Vigilante, chegando a conduzir o interrogatório de Geddel Vieira Lima (MDB), ex-ministro da Integração.

Geddel era apontado como um interlocutor político do empresário Joesley Batista, CEO da JBS Friboi, que era investigado por tráfico de influência junto ao governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Joesley gravou Temer no dia 17 de abril de 2017, indicando o o ex-assessor e então deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para intermediar negócios da empresa com o governo. Dias depois, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil em dinheiro.

O interrogatório a Geddel aconteceu no dia 8 de junho de 2017, na Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal, em Salvador.

Segundo informações da época, Geddel foi questionado sobre sua relação com Joesley, com Ricardo Saud, Lúcio Bolonha Funaro e o ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Geddel foi preso exatos três meses depois após malas com R$51 milhões em dinheiro vivo serem encontradas em seu apartamento, na Graça.

Um ex-assessor de Geddel, Leonardo Américo Silveira de Oliveira,  já tinha sido interrogado pela operação meses antes, em novembro de 2016, para apurar um esquema de desvio de dinheiro destinado ao transporte escolar no município de Malhada das Pedras, Bahia, que teria causado um prejuízo de R$ 3 milhões.

Integrante da PF desde 2005, o gestor tem vasta experiência em assuntos internos, planejamento operacional e inteligência policial, além de ter atuado na repressão a entorpecentes e crimes contra o patrimônio.

Ele é graduado em Direito pela Universidade Católica do Salvador e pós-graduado em Segurança Pública.

Em nota, a SSP afirmou que ele possui cerca de 30 cursos e capacitações, entre elas a de Técnicas de Monitoramento de Redes Sociais, Técnicas de Entrevista e Interrogatório, e Difusão de Boas Práticas em Antiterrorismo.

Ele também tem especializações em Gerenciamento e Negociação em Crises, o em Planejamento e Gestão de Operações Policiais, Combate à Lavagem de Dinheiro, Técnicas e Tecnologias Não Letais de Atuação Policial, Uso das Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública.

“Garanto colocar toda a minha expertise a serviço da população baiana para contribuir com o trabalho já executado pelo secretário Marcelo Werner. Assumo esta função para somar os esforços com as Polícias Civil, Militar, Técnica e Corpo de Bombeiros Militar, além de todos os setores e superintendências da pasta”, disse Oliveira em sua chegada à SSP.

Marcelo Werner afirmou que a chegada de Ahringsmann para a SSP é natural por conta da mudança de gestão e confirmou que a pasta quer se aproximar de outros órgãos de segurança pública, como a própria Polícia Federal, de onde ele também é oriundo.

"É natural a mudança. O subsecretário, e toda a equipe que estava lá, realizou um ótimo trabalho, mas quando a gente chega, chegamos com nossa equipe. É natural. São pessoas que estão vindo, que têm experiência também e estão alinhadas com nossas diretrizes de trabalho", disse após o evento de anúncio da Operação Abadá, na última sexta-feira (10).

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