Política

Governo Lula estuda adotar medida para forçar saída de Campos Neto do BC

Ricardo Stuckert
O banco vem sendo criticado por manter a taxa de juros em 13,75%  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 23/03/2023, às 11h15


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A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter a taxa de juros em 13,75% causou mal-estar entre o banco e o  governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com o blog da jornalista Andréia Sadi, no portal g1, integrantes da gestão petista vêm atuando nos bastidores para aumentar a pressão para a saída do então presidente do BC, Roberto Campos Neto

Ainda segundo a publicação, o presidente do banco vem dizendo a aliados que não vai renunciar. O único caminho apontado por Campos Neto para a sua saída do BC seria se o Senado decidisse pela sua destitução. 

A lei de autonomia do BC, que garante um mandato de quatro anos ao presidente, dá garantias a Campos Neto de se manter no cargo, que vai até o fim de 2024. A legislação ainda blinda o atual mandatário de eventuais interferências políticas

Caso Campos Neto tenha um desempenho considerado insuficientorio para que o BC atinja os seus objetivos, ele pode ser demitido pelo presidente da República, desde que tenha o aval do Senado Federal. 

Ainda conforme o blog, pessoas próximas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), dizem que “não há ambiente” para uma saída de Campos Neto do cargo. Aliados de Lula também acreditam que a destituição do presidente do BC seria uma medida ''traumática".

Apesar disso, ministros do governo dizem que o Executivo vai seguir tentando responsabilizar Campos Neto por uma eventual crise econômica.

Com isso, a ideia é pressionar os senadores para se criar um ambiente para  de Campos Neto do BC. 

Na última quarta-feira (22), os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Rui Costa, Casa Civil, criticaram a decisão do Copom de manter a taxa de juros. 

Enquanto Rui Costa classificou a decisão como "insensibilidade" com o povo, Haddad disse que medida "preocupa bastante".

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