Ministra de Lula detalha Selo Lilás, que vai incentivar políticas de igualdade de gênero na Bahia

Ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, detalhou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (13), o Selo Lilás, que foi lançado no auditório da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no bairro do Cabula, em Salvador.

Iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o selo é uma ferramenta de incentivo para que as empresas baianas adotem, efetivamente, políticas de igualdade de gênero e atuem na defesa das mulheres contra a discriminação, o assédio e a violência sexual, por meio de práticas inovadoras e programas educativos de promoção, valorização e defesa dos direitos da mulher no ambiente de trabalho.

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No começo da sua fala, Cida destacou que a constituição federal trabalha com o pacto federativo. “A união tem o seu papel, o Governo do Estado tem o seu e o município tem o dele. Isso é o que vai fazer, de fato, o Brasil ter uma diferença e executar as políticas públicas. Portanto, essa parceria é fundamental”, explicou.

Em seguida, ela pontuou que as mulheres representam 52% da população brasileira e explicou importância do Selo Lilás.

Nós sofremos a questão da violência, o aumento do feminicídio, o aumento da violência sexual, nós ainda ganhamos menos que os homens, mesmo exercendo o mesmo trabalho. Por isso, a importância do selo e por isso o presidente Lula sancionou a lei da igualdade salarial do dia 3 de junho, para que efetivamente nós possamos trabalhar a questão da igualdade e o respeito com homens e mulheres. Isso só será possível em um país a ser reconstruído a nível de valores, de comportamento e com respeito”.

Cida disse ainda que o governo federal vai ajudar a construir as diretrizes do selo, fazer a compactação e vai fazer também um repasse de verba para as novas sedes da Casa da Mulher Brasileira, uma delas está sendo construída em Salvador.

Nós vamos liberar R$ 50 milhões. Nós já conversamos com Elisângela [Araújo] sobre outras parcerias na área da questão do trabalho e também na questão da participação política das mulheres. Porque é no campo político, mas nós queremos também discutir os lugares de chefia, os lugares onde as mulheres estão efetivamente no país”.

A solenidade também contou com o lançamento da campanha ‘Se a gente não fala, a violência não para’, com o objetivo de ampliar o pensamento crítico e os questionamentos de normas sociais geradoras das desigualdades de gênero e das violências advindas dessas relações; e do projeto ‘Oxe, Me Respeite nas Escolas’, resultado da parceria entre a SPM e a Secretaria da Educação do Estado (SEC). As secretárias Elisângela Araújo e Adélia Pinheiro, titulares das duas pastas, respectivamente, estarão presentes no evento.