Política
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) criticou, na manhã desta sexta-feira (2), a indicação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal (STF). O petista escolheu o advogado Cristiano Zanin, seu defensor nos processos da Operação Lava Jato, para ocupar a cadeira.
De acordo com Moro, o fato de Zanin possuir uma relação pessoal e profissional com Lula colocaria em risco a independência que é necessária ao STF na sua atuação como “controlador” do Poder Executivo. As falas foram realizadas pelo parlamentar em entrevista à GloboNews.
“A minha crítica não é à pessoa, mas ao fato de ser indicado alguém muito próximo ao presidente da República, alguém que foi advogado pessoal e que é amigo pessoal do presidente. Nós não temos precedente histórico aqui no Brasil em relação a isso”, apontou Moro, esquecendo casos anteriores, como o de Marco Aurélio Mello, indicado por seu primo e então presidente da República, Fernando Collor de Mello.
“E qual é o problema dessa relação? É que o Supremo é um órgão controlador do Poder Executivo, inclusive da presidência da República. E nós buscamos um Supremo Tribunal Federal que tenha qualidade, mas tenha também independência. Então a grande dúvida é se uma pessoa com laços tão próximos com o presidente da República teria a independência necessária para separar as duas coisas: a amizade e o trabalho profissional”, continuou o senador.
A crítica do senador à indicação do advogado os coloca mais uma vez em lados opostos. Enquanto Moro foi o juiz que chegou a condenar Lula na Operação Lava Jato — as condenações foram anuladas posteriormente —, Zanin foi o defensor do atual presidente da República nesses processos.
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