Política

Lula fala sobre relação com o Congresso Nacional: "Tem que conversar com quem não gosta da gente"

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Declaração de Lula foi dada durante evento na Universidade Federal do ABC  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube/TV Gov

Publicado em 02/06/2023, às 15h03   Cadastrado por Bernardo Rego


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Após sofrer algumas derrotas no Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),  pediu nesta sexta-feira (2) a apoiadores, que tenham compreensão sobre as negociações do governo com o Legislativo. Ele afirmou que, para governar, um presidente precisa "conversar com quem não gosta" dele. As informações são do G1.

O petista deu as declarações durante evento de inauguração de instalações na Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo do Campo (SP). Lula afirmou que não conseguirá "recuperar o país" sozinho e que é importante que os apoiadores saibam qual é a "correlação de forças no Congresso Nacional".

"A esquerda toda tem, no máximo, 136 votos [de deputados]. Isso se ninguém faltar. Ou seja, nós, para votarmos uma coisa simples, precisamos de 257 votos. Então, de 136, façam a conta aí e vejam quantos faltam. E, para aprovar uma emenda constitucional, é maior ainda o número de deputados que nós precisamos", pontuou.

"Então, é preciso que vocês saibam o esforço que é para governar. É importante que vocês saibam que não é só ganhar uma eleição. Você ganha uma eleição e, depois, você precisa passar o tempo inteiro conversando para ver se consegue aprovar alguma coisa. Ontem [quinta-feira], a gente corria o risco de não ter aprovado o sistema de organização do governo. E aí, você não tem que procurar amigo. Você tem que conversar com quem não gosta da gente. Você tem que conversar com quem não votou na gente", acrescentou Lula.

Nas últimas semanas, o Congresso tem imposto derrotas ao governo. Na votação da medida provisória da reorganização dos ministérios de Lula, por exemplo, as pastas de Meio Ambiente e Povos Indígenas perderam atribuições. O texto foi aprovado somente no último dia do prazo.

No evento, o presidente também voltou a criticar a alta taxa de juros no país, atualmente em 13,75% ao ano. A Selic é fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A crítica foi feita no momento em que Lula defendia investimentos em educação. O petista disse que "gasto" é "pagar 13,75% de juros para o sistema financeiro".


Para o petista, há condições para a redução da taxa de juros, que, na avaliação de Lula, atrapalha o crescimento econômico.

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