Política

'Não defino preço da Petrobras', diz Bolsonaro pouco antes do anúncio de aumento

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A Petrobras reajustou os preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias  |   Bnews - Divulgação Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Publicado em 10/03/2022, às 13h07   FolhaPress


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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (10) que não define preço de combustível na Petrobras, pouco antes de a estatal anunciar novo reajuste.


"No mundo todo aumentou [preço dos combustíveis]. Eu não defino preço na Petrobras. Eu não decido nada, não. Só quando tem problema cai no meu colo", disse Bolsonaro a apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada.


A declaração foi divulgada no final da manhã, às 11h, pelo canal bolsonarista Foco do Brasil, mas foi concedida mais cedo a apoiadores.


"Lula e Dilma interferiram nos preços da Petrobras, entre outras coisas. Endividaram a empresa em R$ 900 bilhões. A tendência é melhorar lá fora, mas vai ter problema de combustível no Brasil. Não vai demorar", afirmou.


Pressionada pelo avanço das cotações do petróleo com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras reajustou os preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias. O último havia sido em janeiro.


As altas entram em vigor a partir de sexta-feira (11).

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No caso da gasolina, o reajuste para as distribuidoras é de 18,8%. O preço médio passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro.


Para o diesel, o aumento é ainda maior, de 24,9%. O valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51.


O governo busca, desde o ano passado, uma solução para a alta dos combustíveis, pressionada pela inflação.


Nos últimos dias, contudo, o cenário internacional fez com que a alta cúpula da administração buscasse uma saída mais urgente.


Há divergência entre grupos do governo, o que tem dificultado uma saída. Uma ala do governo defende mexer na política de preços da Petrobras.


Outra, contudo, defende reeditar o programa de subsídios que o ex-presidente Michel Temer fez na sua gestão. Enquanto Bolsonaro não bate o martelo, o Planalto decidiu priorizar a votação do projeto de lei no Senado que corta tributos sobre o combustível.

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