Política

Novo presidente do Banco do Nordeste direcionou R$ 20,1 bilhões em créditos para baianos

José Gomes da Costa foi superintendente do Banco do Nordeste na Bahia - Reprodução/Redes Sociais
José Gomes da Costa foi superintendente do Banco do Nordeste na Bahia  |   Bnews - Divulgação José Gomes da Costa foi superintendente do Banco do Nordeste na Bahia - Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 03/01/2022, às 12h49 - Atualizado às 16h35   Luiz Felipe Fernandez


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Em seu mandato como superintendente do Banco do Nordeste na Bahia, o economista José Gomes da Costa autorizou o empréstimo de R$ 20,1 bilhões em créditos para pessoas físicas e jurídicas, entre os anos de 2019 e 2020.
Gomes da Costa foi anunciado como o novo presidente do BNB, em uma articulação comandada pelo presidente do PL, novo partido do presidente Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, que teve a indicação e aval do ministro da Economia, Paulo Guedes. Desde o ano passado, Costa Neto articula para tirar do posto o então presidente Romildo Rolim.
No primeiro ano de gestão de João Gomes da Costa como superintendente na Bahia, em 2019, foram liberados pelas agências do estado, em créditos somente pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), um total de R$ 7,3 bilhões, englobando todos os setores como industrial, agrícola, pecuária e de serviços.
Deste montante, R$ 1,9 bilhão foi disponibilizado a pessoas físicas, enquanto R$ 5,4 bilhões foram destinados às empresas.
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Em 2020, o volume de operações de crédito foi menor e o BNB emprestou aos baianos R$ 6,5 bilhões —  R$ 2,1 bilhões às pessoas físicas e R$ 4,4 bilhões às pessoas jurídicas, apresentando uma redução de R$ 1 bi em um ano.
Mesmo com a diminuição, o valor total ainda é o dobro do que foi repassado em créditos por meio do FNE neste ano. De acordo com balanço do BNB de 2021, cidadãos e empresas baianas receberam juntos R$ 3,2 bilhões.
O estado é o que mais recebeu recursos do BNB desde a fundação do FNE, em 2010. Segundo balanço da instituição, R$ 51,6 bilhões foram destinados à Bahia, enquanto o Ceará, que surge logo atrás, teve R$ 27,6 bilhões em créditos disponibilizados às pessoas e empresas.
Com o objetivo de auxiliar o investimento na infraestrutura da produção e na compra de terrenos e imóveis na zona rural, o crédito fundiário do Fundo de Terras repassou R$ 800 mil em 2019 para os requerentes da Bahia. 
No ano seguinte, o montante de crédito oferecido subiu mais de 500%, atingindo R$ 5,5 milhões ao todo. No último ano, no entanto, o investimento na área reduziu e foi para R$ 1,4 milhão.
O economista José Gomes da Costa, que foi superintendente da organização na Bahia entre 2019 e 2020, liderando no total as 59 agências do estado. 
Gomes da Costa se formou na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde também concluiu o seu mestrado. Ele também tem MBA em Finanças pela PGE-FGV-RJ e Especialização em Administração de Bancos - Banking, pela EAESP-FGV-S e é membro da Academia de Executivos-Fundação Dom Cabral-MG, com APG Avançado em Gestão pela Amana-Key-SP. Costa tem ainda experiência como professor de Macroeconomia e Finanças no CBS-Recife-PE.
O cargo é considerado estratégico, principalmente em ano de eleição onde Bolsonaro tenta avançar espaços no Nordeste, região onde tem a pior rejeição.
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