Política

PF encontra vídeo de reunião decisiva entre Bolsonaro e ministros

Wilson Dias/Agência Brasil
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro teve um mandado de busca cumprido em sua casa  |   Bnews - Divulgação Wilson Dias/Agência Brasil

Publicado em 08/02/2024, às 12h11   Pedro Moraes


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Uma reunião secreta, entre Jair Bolsonaro (PL) e aliados, realizada em 5 de julho de 2022, está na posse da Polícia Federal (PF). Entre os coligados estavam Anderson Torres, à época ministro da Justiça, Augusto Heleno, então Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Paulo Sérgio Nogueira, ex-Ministro da Defesa e Mário Fernandes (então Chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República).

De modo geral, o material foi apreendido em uma busca na casa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente Mauro Cid. 

"As investigações da Polícia Federal trouxeram aos autos excertos da fala do então Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO naquela oportunidade e que constam de vídeo identificado em computador apreendido na residência de MAURO CESAR CID", detalhou a decisão do ministro Alexandre de Moraes.

"A descrição da reunião de 5 de julho de 2022, nitidamente, revela o arranjo de dinâmica golpista, no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte no sentido de validar e amplificar a massiva desinformação e as narrativas fraudulentas sobre as eleições e a Justiça eleitoral, entre outras, inclusive lançadas e reiteradas contra o então possível candidato Luiz Inácio Lula da Silva, contra o TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, seus Ministros e contra Ministros do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", pontuou a Polícia Federal.

Dentro do conteúdo, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres atendeu ao pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro de reforçar os ataques à credibilidade do sistema eleitoral e pontuou que a Polícia Federal realizou várias sugestões que nunca foram acatadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  

Além disso, na mesma reunião, o então ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, trata o TSE como inimigo e indica que a Comissão de Transparência da corte era "pra inglês ver", constituindo um "ataque à Democracia".

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