Política

PGR defende que Anderson Torres continue preso

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Para a Procuradoria, o ex-ministro sabia dos riscos dos atos golpistas e que não pretendia jogar fora a "minuta do golpe"  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 27/02/2023, às 20h43



A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, siga preso. 

De acordo com a PGR, Torres sabia dos riscos dos atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília e que ele não pretendia jogar fora a "minuta do golpe".

No início deste mês, a defesa do ex-ministro pediu ao STF que revogasse a prisão preventiva decretada contra ele feita pelo ministro Alexandre de Moraes.

O ministro do STF pediu a prisão de Torres por indícios de omissão nos atos golpistas. À época, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas estava nos Estados Unidos durante o vandalismo contra os prédios dos Três Poderes .

"Ao sair do país, mesmo ciente de que os atos ocorreriam no dia 8 de janeiro, vislumbra-se que Anderson Gustavo Torres, deliberadamente, ausentou-se do comando e coordenação das estruturas organicamente supervisionadas pela pasta que titularizava, fator que surge como preponderante para os trágicos desdobramentos dos fatos em comento", diz a PGR.

Ainda segundo a Procuradoria, as condutas de Torres foram "omissivas" e apontam para uma "absoluta desorganização". Além disso, a PGR diz que o ex-ministro se "ausentou da responsabilidade que lhe competia, de fiscalizar o seu cumprimento e colocá-lo em prática, ao deixar o país".

Em depoimento à PF, Torres afirmou que não era o responsável pelo planejamento da para para controle da manifestação e disse que perdeu o celular nos Estados Unidos, onde gozava de férias. 

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