Polícia

Em prisão domiciliar, Sara Winter diz que vai processar médico que fez aborto em menina de 10 anos que foi estuprada

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Militante bolsonarista que flerta com o nazifascismo afirmou que criança foi torturada em um "parto prematuro forçado"   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 17/08/2020, às 12h52   Luiz Felipe Fernandez


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Em prisão domiciliar por suspeita de participação em ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), Sara Giromini, que utiliza o pseudônimo Sara Winter, em alusão à uma espião britânica nazista, afirmou que irá processar o médico responsável por fazer o aborto de uma menina de 10 anos, grávida após ter sido estuprada por um tio no Espírito Santo.

A extremista disse que o médido irá "torturar" a garota por meio de um "parto prematuro forçado".

A menina precisou viajar para Recife, em Pernambuco, porque em Vitória o hospital procurado se negou a fazer o procedimento, garantido pela lei e que havia sido autorizado pela Justiça.

O Artigo 128 da Lei n° 2.848 do Código Penal deixa explícitas as condições para o "aborto necessário": caso não haja outro" meio de salvar a vida da gestante" e em gravidez "resultante de estupro".

"[...] se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal", diz o texto.

Sara já havia chamado o médico de "aborteiro" em outra publicação, feita na tarde deste domingo (16). Ela compartilhou nas redes sociais o endereço da unidade de saúde onde a garota iria fazer o procedimento. Ela ainda revelou o nome da criança de 10 anos.

No mesmo dia, um grupo de religiosos tentou invadir o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes e fizeram um protesto no local.

Nesta segunda-feira (17), a Justiça do Espírito Santo expediu uma liminar provisória para que as redes sociais retirassem as postagens de Sara do ar.

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