Política

Sindicato condena fala de Jerônimo Rodrigues sobre 'aprovação em massa' de estudantes; entenda

Dinaldo Silva / BNews
Segundo sindicato, portaria 190 do governo prevê, inclusive, aprovação automática para alunos que não frequentam as aulas  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva / BNews

Publicado em 19/02/2024, às 23h01   Redação BNews


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A APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia denunciou uma declaração do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre uma portaria do governo da Bahia que orienta a “aprovação em massa” de estudantes. Segundo o sindicato, o petista "jogou a crise da falência de sua política de educação nas costas dos professores".

Através das redes sociais, o sindicato publicou um vídeo em que o petista dá a declaração durante uma aula inaugural em Feira de Santana, nesta segunda-feira (19). A portaria 190, de acordo com a APLB, "foi uma medida generalista e sem nenhum diálogo com a categoria."

"Eu fico muito triste como governador e como professor quando eu vejo professoras e professores reprovando alunos. Não pode ser um professor, um educador que tenha que dizer no final do ano, você está reprovado. Quando se reprova, é a escola que está reprovada, é a escola que não tem condições de dizer 'eu quero curar você da escuridão'. A escola que reprova é uma escola autoritária, é uma escola preconceituosa e não cabe na Bahia de Anísio Teixeira, na Bahia de Rui Barbosa, não cabe a escola ser autoritária. Porque a escola que nós tínhamos, a escola da escuridão, a escola dos autoritários era aquela que além de reprovar quando chamava o pai ou a mãe, nenhum pai e nenhuma mãe queria ir, porque sabia que era bronca, porque sabia que era para esculhambar os filhos dela e dele, falar mal dos meninos e das meninas", declarou o governador no vídeo publicado.

Na publicação, o sindicato afirmou que "não é justo atribuir essa responsabilidade única e exclusivamente aos professores, professoras ou à qualquer instituição de ensino."

"Temos problemas graves como a evasão escolar, a insegurança, a falta de estrutura, a desvalorização dos trabalhadores em educação. Como professor, o governador sabe que o ato de ensinar não pode se resumir na aprovação ou desaprovação do aluno. Vai muito mais além! Reafirmamos que a aprovação precisa respeitar o processo pedagógico, o tempo de aprendizagem dos alunos de forma qualificada para que
possam cumprir o percurso escolar da melhor forma", finalizou a APLB.

Classificação Indicativa: Livre

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