Política

Vereador de Salvador e secretário de Rui Costa batem boca ao vivo em rádio; saiba mais

Cláudio Tinoco, ex-Secult, quer que goverandor indenize produtores de eventos após decreto que reduz limite de público - Reprodução/YouTube
Cláudio Tinoco, ex-Secult, quer que goverandor indenize produtores de eventos após decreto que reduz limite de público  |   Bnews - Divulgação Cláudio Tinoco, ex-Secult, quer que goverandor indenize produtores de eventos após decreto que reduz limite de público - Reprodução/YouTube

Publicado em 18/01/2022, às 10h31   Luiz Felipe Fernandez


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O vereador Cláudio Tinoco (DEM), ex-secretário de Cultura e Turismo de Salvador, bateu boca com o secretário de Comunicação do Governo da Bahia, André Curvello, sobre postura do governador Rui Costa (PT) diante do setor de eventos.

Após mais um decreto que reduz para 3 mil pessoas o limite de público nas festas e ameaças de medidas ainda mais restritivas, Tinoco pediu que Rui indenize os produtores dos eventos que precisaram ser cancelados.

"O governador tem usado retórica de ameaça 'eu posso diminuir'. Por que não chama os organizadores de eventos que estão vendendo ingressos dentro da regra? Por que quando disse que não poderia fazer o Carnaval, usou argumento que poderia receber uma chuva de ações cobrando indenizações. Agora ele vai falar na TV pedir que não comprem ingresso? E quem já comprou? E quem está com evento vendido, 2 mil, 3 mil pessoas? Tem que indenizar essas pessoas que estão cumprindo decreto, que tem licenciamento", afirmou Tinoco.

"A fala do governador mostra o que temos apontado há um tempo: incoerência. Como governador, tem decreto, lei vigente, que permite evento até 3 mil pessoas, pede que as pessoas não comprem ingressos? Fala incoerente e desassociada de qualquer razoabilidade", criticou Tinoco, que repetiu que falta ao petista diálogo com a classe trabalhadora e do empresariado.

Mesmo com o aumento de casos, Tinoco defende que o governo olhe com "compreensão" para a "indústria de entretenimento", que tem participação fundamental na economia e na geração de empregos em todo o estado.

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"Existe a necessidade de compreensão que existe a indústria do entretenimento na Bahia, que gera emprego, movimenta a economia, passa pelo mercado de publicidade, não só dos trabalhadores e empresários, vários setores que são afetados. É preciso primeiro ter diálogo e essas decisões e ameaças precisam ser deixadas de lado", declarou o ex-titular da Secult, em entrevista ao programa de José Eduardo, na rádio Metrópole.

Logo em seguida, foi a vez do secretário de Comunicação do governo, André Curvello, entrar no ar e defender a atuação do chefe do Executivo. Por telefone, ele lembrou as mais de 600 mil mortes decorrentes na doença no país e garantiu que tem se reunido com "representantes do setor". Recentemente, em encontro que teve presença do diretor da Bahiatursa, Diogo Medrado, recebeu uma carta de entidades ligadas à cultura e entretenimento, mas que enquanto houver a pandemia, a "prioridade" será a "vida".

"Nós estamos sensíveis, o governo é muito sensível ao setor de eventos, mas não estamos tratando isso como política eleitoral em ano eleitoral. A vida das pessoas, a segurança, isso é mais importante. A carta vai ser olhada, vamos tentar uma solução, mas a prioridade é a vida. Não se pode brincar. Ano passado a situação foi muito crítica", recordou.

Para Tinoco, a própria presença de Curvello no programa mostra que Rui Costa "se esconde da verdade" e evitar discutir o assunto publicamente. Segundo o vereador, nos últimos dois anos ele não recebeu em seu gabinete nenhum empresário do setor, e que é preciso pensar em outras ações para além da redução e limitação do públicos nos shows.

"Porque não faz um pedido do balanço de quantos eventos estão pedindo licença? Vocês já provocaram o cancelamento da alta estação em Salvador e na Bahia. O governador não responde porque 78% dos pacientes em leito Covid são do interior do estado. Porque não fala em abrir gripários onde tem origem das contaminações?", questionou.

Sobrou até para o caso da compra fracassada de respiradores pelo governo da Bahia, no início da pandemia, que resultou na demissão do secretário Bruno Dauster.

"As pessoas estão cobrando o dinheiro dos respiradores, governador demitiu secretário de confiança. Falta compreensão, o governador precisa ligar para os empresários, tem que ter profissionalismo. Quem não é sensível à vida humana? Mas não vamos deixar de apontar, de forma construtiva, críticas, com documentos formais [...] as decisões de Rui foram todas pessoais", concluiu.

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