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Segurança suspeito de matar enteado vai a júri popular nesta quinta: “Não criei meu filho para morrer que nem bicho"

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Julgamento já foi adiado três vezes  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 19/11/2019, às 16h37   Redação BNews


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Sete anos após ver o filho, Clayton Conceição Suzart, de 24 anos, ser morto a tiros dentro de casa, a ascensorista da da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Jozelinda de Souza Conceição, ainda espera por justiça.

O júri popular que irá julgar o principal suspeito do crime, o ex-marido de Jozelinda, o segurança AL-BA, Edmilson Tenório dos Santos, já foi remarcado três vezes e está previsto para a próxima quinta-feira (21).

O primeiro julgamento foi marcado para o dia 3 de agosto de 2018, mas foi adiado porque a defesa alegou que o suspeito participaria de uma palestra, onde seria homenageado. O segundo júri popular foi marcado para 4 de março de 2019, mas precisou ser adiado por conta do Carnaval.

Desta vez, Jozelinda espera que finalmente o caso seja elucidado: “É muito triste. A gente se sente pequena, se sente humilhada. A Justiça é tão negligente e só faz pisar na gente. Hoje não trabalhei direito porque passei o dia todo chorando. Não criei meu filho para morrer desse jeito que nem um bicho”, disse, em depoimento ao BNews, nesta terça-feira (19).

Foi no dia 19 de agosto de 2012, no bairro de Pau da Lima, em Salvador, que Clayton foi assassinado. Segundo a mãe da vítima, tudo começou por conta de uma discussão entre ela e o ex-marido, que estaria agredindo a filha do casal. A mãe tentou interferir e teria sido agredida também. Nesse momento, Clayton começou a discutir com o padrasto e acabou sendo morto.

O caso foi registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a prisão preventiva foi solicitada, mas ao chegar na Justiça, a prisão foi revogada e o suspeito responde o processo em liberdade.

“A gente cria filho para ser alguém na vida, bota um homem dentro de casa, que criou meu filho desde os três anos de idade e depois essa pessoa tira a vida do seu filho como se fosse um animal”, desabafou a mãe da vítima.

“Não quero vingança, mas espero que se faça a justiça para que eu possa viver. Minha mãe tem 85 anos e não tem paz. Todas as vezes que marcam um julgamento ela quer ir. Cada vez que tem audiência e não dá em nada, a gente sai de lá mas doente. É muito triste. Espero que Deus, os juízes e promotores façam justiça. Quero poder saber que meu filho não foi mais um que morreu e ficou por isso mesmo”, clamou.

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