Salvador

Professores da Faculdade 2 de Julho deflagram greve; crise é antiga

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Atrasos em fundação se arrastam há anos  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 19/11/2021, às 18h18   Henrique Brinco


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Professores da Faculdade 2 de Julho deliberaram por deflagrar uma greve por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira (22), após Assembleia Geral realizada na última quarta-feira (17). O encontro foi convocado pelo Sindicato dos Professores do Estado da Bahia (SINPRO-BA). O problema é antigo: atraso no pagamento de salários e direitos trabalhistas.

    A greve foi aprovada por mais de 91% dos presentes. Os professores deliberaram sobre diversos pontos, entre eles: os seis meses de salários em atraso, o não – repasse das contribuições sociais para a previdência, o não recolhimento do FGTS, além de questões relacionadas à gestão da Faculdade 2 de Julho. 

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    Os docentes da instituição registram ainda que não receberam os proventos de janeiro e nem o período entre junho a outubro. Eles também pedem a suspensão das demissões de professores até a quitação dos salários.

    A reportagem do BNews tentou entrar em contato com a instituição pelo contato da assessoria de comunicação, disponibilizado na página oficial da mesma, mas ainda conseguiu. A matéria será atualizada caso algum posicionamento seja enviado.

    O vereador de Salvador Augusto Vasconcelos (PCdoB) criticou a postura da instituição. "É um absurdo o que estão fazendo com esses profissionais que dedicam suas vidas pela educação", declarou o edil, em nota. "Sou professor universitário e já enfrentei processo semelhante em uma determinada faculdade privada que também deu calote nos trabalhadores. Enquanto Presidente da Comissão do Trabalho, Emprego e Renda vou envidar todos os esforços para que tenhamos uma solução para esse impasse", emendou.

    Crise na Fundação 2 de Julho já se arrasta há anos

    A crise na Fundação 2 de Julho já se arrasta há anos. Em 2013, por exemplo, mais de 200 alunos do Colégio 2 de Julho ficaram sem aulas e foram prejudicados no fechamento do ano letivo. Na época, pais de alunos formados na área de educação se dispuseram a dar aulas no lugar dos professores, até que a situação fosse resolvida.

    Já em 2017, mais de 150 ex-trabalhadores criaram um perfil no Facebook denunciando que não receberam direitos trabalhistas. Os ex-colaboradores das instituições afirmam ainda que “muitos chegaram a perder seus bens, como imóveis, veículos e crédito na praça, e sua própria saúde ao buscarem seus direitos. O pior de tudo isso é que a Justiça acena com a extinção dos processos, enquanto a Fundação 2 de Julho segue omissa e funcionando normalmente”.

    No mesmo ano, alunos denunciaram que foram coagidos a não fazer provas caso não pagassem as mensalidades. Na época, o diretor da instituição declarou que a medida não era decisiva e sim apenas uma sugestão. "A nossa situação é absurda e precisávamos tomar medidas drásticas", justificou.

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