Salvador

Cabelereira denuncia ter sido enganada após alugar espaço para salão em shopping de Salvador

Arquivo Pessoal e Reprodução
Alessandra trabalhava no local há 18 anos e queria ter um espaço próprio para seu salão de beleza  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal e Reprodução

Publicado em 15/03/2024, às 19h18   Redação


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O sonho de ter um salão de beleza próprio se tornou rapidamente em um enorme pesadelo para Alessandra da Penha. Há quase 20 anos trabalhando no Shopping Itaigara, em Salvador, a cabelereira teve, enfim, a oportunidade de conseguir um negócio só seu, mas não contava com uma série de desafios que teria pela frente.

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Em denúncia encaminhada à reportagem do BNews, ela contou que encontrou um espaço dentro do centro comercial cujo aluguel estava com um valor acessível e que supostamente já havia sido um salão de beleza. Ou seja, deveria ter condições básicas para a instalação dos equipamentos necessários.  

"Trabalho no Shopping Itaigara há 18 anos, atuo na área de salão de beleza. Sempre tive um sonho de abrir meu salão próprio e queria que fosse no shopping, porque já tenho minha clientela fiel. Surgiu a oportunidade de uma sala com valor acessível e aluguei. Tenho uma filha de maior e colocamos no nome dela. Eu tenho filmagem da corretora dizendo que a sala já tinha sido o salão de beleza. Ou seja, para mim foi uma oportunidade 'de milhões'", contou Alessandra.  

Ela explica que, assim que entrou no local, começou a tentar fazer as obras, mas, logo de cara, esbarrou no primeiro grande problema: a sala não tinha esgoto. Em vídeo enviado ao BNews, mostra a água escoando pela tubulação na parede. 

"Parecia que tinha (esgoto), porque tinha um lavatório na parte de cima. Parecia ter tubulação, tudo certinho... quando eu fui jogar água nesse lavatório, a água simplesmente escorreu na parte de baixo, porque não estava encanado. Eu já tinha comprado uma grande parte dos móveis, a outra parte chegou depois, então foi um montante de móveis e eu fiquei desesperada, fiquei muito triste", relatou. 

Por conta da situação, Alessandra contou que a proprietária, identificada como Clarice Antunes da Silva, realocou ela em uma sala ao lado, que também havia sido utilizada comno salão, mas que possuía um valor de aluguel muito mais caro. A cabelereira contou que precisou aceitar a oferta, porque já estava com os móveis todos comprados.

Após achar que a situação seria 'resolvidos', novos problemas voltaram a acontecer. A proprietária, que é natural do Rio Grande do Sul, teria vindo a Salvador e pedido que ela se retirasse do local, porque o mesmo seria alugado para outra pessoa. 

"Ela disse que iria desfazer o contrato, porque estava com outra pessoa para alugar a sala. Eu disse que não podia fazer isso, que estava com todos os móveis dentro. Ela disse então que iria trocar a fechadura com tudo dentro. Isso foi em agosto. Ela simplesmente fez isso e eu fiquei descapitalizada", afirmou. 

Alessandra contou que deu queixa sobre a situação na delegacia e ainda contratou uma advogada para tentar solucionar o problema. Ela disse ainda que, depois de tudo isso, só foi conseguir tirar os móveis agora no mês de fevereiro. 

"Fiquei impossibilitada de trabalhar. Só não fiquei parada 100% porque presto serviço, então tinha outros materiais em casa e no local que presto serviço. Mas fiquei sem poder abrir minha empresa, nem onde aluguei e nem fora. Eu não tinha dinheiro para isso", contou Alessandra. 

A cabelereira contou que, por conta da situação, teve diversos prejuízos financeiros e emocionados. Entre as situações, ela precisou tirar a filha do curso pré-vestibular e também pegar empréstimo, o que fez com que ficasse com nome sujo. 

Com relação aos móveis que havia comprado, Alessandra disse que, depois de muito sacrifício, conseguiu encontrar um pastor que emprestou um local da igreja para que ela utilizasse. 

A reportagem do BNews tentou contato com Clarice Antunes através de mensagens e ligações, mas, até o momento do fechamento desta matéria, a proprietária do espaço não deu nenhum tipo de retorno.

Por meio de nota, o Shopping Itaigara explicou que adota uma política de condomínio edilício, onde cada 'condômino' é proprietário da sua unidade autônoma e a administração não possui ingerência nas tratativas entre locador e locatário.

Classificação Indicativa: Livre

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