Saúde

Após quase dois anos, Bahia volta a realizar transplantes de coração

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Paciente de 49 anos, que estava na fila dos transplantes há uma semana, recebeu um novo coração  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 05/10/2023, às 22h05   Cadastrado por Victória Valentina


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Após quase dois anos, o transplante de coração voltou a ser uma realidade na Bahia. Na quarta-feira (4), um paciente de 49 anos, que estava na fila do transplante há uma semana, recebeu um novo coração e uma chance de continuar a vida. O procedimento, realizado no Hospital Ana Nery, em Salvador, foi viabilizado pela família de um paciente de 29 anos, vítima de Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), que estava internado no Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana.

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Para realizar o transporte do órgão doado, a equipe do hospital com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que realizou a escolta da ambulância que levava o coração até a unidade de saúde, onde o transplante pode ser realizado em tempo hábil. Todo o procedimento precisa acontecer em quatro horas, tempo máximo que o coração pode ficar armazenado. "A cirurgia durou cerca de cinco horas e foi um sucesso, a paciente passa muito bem", explicou o médico Filinto Marques, membro da equipe do Ana Nery.

A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana comemorou a retomada do transplante cardíaco em solo baiano. "Hoje é um dia de muita alegria para todos nós. Através de uma família que se dispôs a doar, conseguimos salvar uma vida. Estamos muito felizes com a retomada do transplante cardíaco e com a possibilidade de garantir a realização do procedimento no próprio estado. Esse é o Sistema Único de Saúde que trabalhamos diariamente para construir", disse.

Nos últimos anos, o Governo da Bahia investiu mais de R$ 9,2 milhões em incentivo financeiro para instituições filantrópicas e privadas que realizam transplantes no Estado, além de campanhas de sensibilização da sociedade e treinamentos para a preparação de profissionais de saúde.

Na retomada do serviço, uma equipe de 15 profissionais de saúde especializados em transplante são responsáveis por conduzir os procedimentos no Hospital Ana Nery.

“A equipe conta com quatro cirurgiões cardíacos, dois médicos especialistas em insuficiência cardíaca, dois enfermeiros, fisioterapeutas e anestesistas envolvidos diretamente no cuidado, na operação de captação e de execução do processo de transplante. Para além disso, outros setores do hospital também estão preparados, são diversas especialidades envolvidas para oferecer o tratamento adequado aos pacientes do pré ao pós-transplante”, explicou o diretor da unidade, Luiz Carlos Santana.

Segundo dados do Sistema Estadual de Transplantes, até agosto de 2023, a Bahia realizou 701 transplantes, sendo 27 de fígado, 210 de rim, 362 de córnea e outros 102 de medula óssea. Atualmente, o Estado realiza cinco tipos de procedimentos: coração, córnea, rim, fígado e medula. No período, o número de doadores de múltiplos órgãos aumentou de forma considerável, saltando de apenas três no primeiro mês do ano para 19 em agosto.

Atualmente, o estado conta com uma rede com 23 centros transplantadores, sendo que sete oferecem atendimento pelo SUS. Desses, três são unidades públicas: o Hospital Geral Roberto Santos, o Hospital Ana Nery e o Hospital Universitário Professor Edgard Santos. Além deles, integram a rede os hospitais filantrópicos Martagão Gesteira, em Salvador, e Dom Pedro de Alcântara, em Feira de Santana, e os privados IBR, de Vitória da Conquista, e Hospital Português, na capital.

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