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Publicado em 13/10/2022, às 09h40 - Atualizado às 09h43 Gundula Vogel por Pixabay Redação
É tradicionalmente difundido por especialistas que o adestramento de cães é uma ótima forma de educar seu bichinho de estimação, estabelecendo limites para que o cachorro aprenda a lidar com frustrações e adquirir autocontrole. Mas e os gatos?
Em artigo publicado no site de divulgação científica The Conversation, e repercutido pela revista Superinteressante, a pesquisadora visitante na Nottingham Trent University, Lauren Finka, apontou algumas das diferenças entre as relações de cães e gatos com os humanos.
Segundo o estudo, desde 15.000 a.C. os cachorros mantêm uma relação amistosa com humanos – eles ajudavam na caça e, em troca, recebiam proteção; já os gatos só foram domesticados em 7.500 a.C. Os felinos nunca receberam funções como guarda, caça ou pastoreio, e nem foram criados para melhor cooperarem ou se comunicarem conosco.
E, sim, assim como os cachorros, os gatos também precisam de apoio para se adaptarem ao novo lar e às novas companhias. Pesquisas mostram que eles podem reconhecer e responder a sinais sociais discretos e serem treinados em tarefas semelhantes às dos cães.
“Em um abrigo, por exemplo, o treinamento pode ser uma ferramenta útil para aumentar os comportamentos exploratórios de um gato, reações positivas às pessoas e talvez até suas chances de ser adotado”, escreve Finka.
Confira abaixo algumas técnicas, abordadas pela pesquisadora e repercutidas pela revista, que podem ajudar gatos a se sentirem confortáveis em uma caixa de transporte, se acostumarem com viagens de carro, exames e a lidarem melhor com visitas ao veterinário.
Comece cedo
De acordo com Finka, os gatos devem receber cuidados gentis e calorosos dos humanos a partir de duas semanas de idade, para aprenderem que somos amigos e não inimigos. Ao brincar com gatinhos, você deve usar varinhas de gato (aquelas com brinquedinhos na ponta) para que aprendam a não atacar nossas mãos ou pés.
Nada de bronca
Nem pense em puni-los com gritos ou borrifadas de água. Isso pode induzir o estresse e comprometer a qualidade do relacionamento entre o dono e o gato. Priorize o reforço positivo, como guloseimas e palavras carinhosas.
No entanto, Finka ressalta que os gatos costumam ser menos motivados a prestar atenção em nós ou fazer o que estamos pedindo se comparados aos cães – especialmente quando não se sentem à vontade.
“É importante garantir que o gato esteja em algum lugar onde se sinta à vontade quando realizamos qualquer treinamento com ele. Sempre garanta que ele tenha a opção de ir embora ou terminar a sessão quando quiser e tente dar uma pausa se parecer desconfortável”, aconselha Finka.
Alguns desses sinais mencionadas são o gato virar a cabeça, lamber o nariz, levantar uma pata, se limpar excessivamente, parecer encurvado ou tenso e contorcer ou bater a cauda.
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