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Publicado em 14/12/2021, às 20h18 Emmanoel Trindade
No dia 14 de dezembro comemora-se o Dia Internacional do Macaco. A comemoração, que não é oficial, surgiu como uma brincadeira em 2000 pelos cartunistas americanos Casey Sorrow e Eric Millikin, quando ainda eram estudantes. A data ganhou popularidade e hoje é celebrada no mundo todo como uma forma de chamar atenção para a conservação desses animais.
Estima-se que existam cerca de 200 espécies de macacos no planeta. Apesar disso, 120 estão ameaçadas de extinção, principalmente devido à redução de habitat, mas também pela caça e pelo tráfico ilegal de animais silvestres. Só no Brasil, são mais de 30 espécies de macacos ameaçadas. O desaparecimento desses animais na natureza pode provocar, por exemplo, a perda de dispersão de sementes.
No Brasil, o Ibama autoriza a compra e venda de dois gêneros de macacos: o macaco sagui e o macaco-prego. Eles podem ser encontrados em criadouros legalizados, que comercializam apenas animais nascidos em cativeiro. Ou seja: dessa maneira, os macaquinhos não são retirados da floresta e postos à venda, eles já nascem nesses estabelecimentos destinados à comercialização.
Nesses casos, as lojas deve apresentar uma documentação específica vinculando o animal ao Sisfauna, que faz parte do Ibama. O macaco de estimação recebe um microchip para ser possível rastrear e monitorar a sua origem, o que também contribui para atestar a legalidade do estabelecimento. O macaco sagui é o mais comum de ser encontrado para comercialização.
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Para conhecermos mais esse mundo primata, o Bnews conversou com a bióloga especializada em animais silvestres, Barbara Vitoria, que deu algumas dicas para quem tem interesse em ter um macaco de estimação.
Segundo a bióloga, é preciso criar um ambiente que seja o mais semelhante possível ao que ele encontraria na natureza. "O viveiro não pode ser pequeno, deve ser bem amplo, com galhos grandes distribuídos em todo o espaço, imitando a distribuição das árvores na natureza", afirmou.
"É muito importante colocar brinquedos de madeira e tocar nas partes altas do viveiro. É necessário ocupar a maior parte do tempo desses animais, pois a falta de estímulos do ambiente pode levar o macaco a desenvolver depressão, o que o deixa mais suscetível a outras doenças", disse Barbara.
Fazer a manutenção do viveiro é importantíssimo. "O tutor do animal, tem que garantir que o espaço esteja sempre limpo, pois, os alimentos consumidos pelo macaco de estimação tendem a apodrecer muito facilmente e isso pode atrair a presença de insetos e outros animais indesejados e transmitem doenças", lembrou.
Em relação à alimentação, para a bióloga é importante que o tutor invista nas saladas de frutas, verduras escuras e legumes para garantir que a alimentação do macaco seja balanceada e bastante completa.
"Macacos são onívoros, ou seja, sua dieta no meio natural é muito diversificada e pode incluir flores, folhas, insetos, ovos de aves. Invista nas saladas de frutas, verduras escuras, legumes e insetos, como as larvas de tenébrio. Você pode oferecer gelatina sem açúcar e uma ração específica também".
Sobre os passeios, Barbara chama a atenção para os passeios fora de casa. “Passeios fora de casa não são bem-vindos. Os saguis são muito ágeis, se eles fugirem dificilmente são capturados. É possível soltá-los em casa, mas fique atento a frestas, portas e janelas”.
Como qualquer animal, os macacos também precisam fazer consultas regulares a um médico veterinário. O ideal é procurar um profissional especializado em animais silvestres. O transporte na ida e volta do consultório deve ser feito em uma caixa de transporte para evitar sustos.
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