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Verão chegando: Como aliviar o calor nos pets? Especialista explica

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Se o seu pet for idoso, os cuidados devem ser ainda maiores  |   Bnews - Divulgação Caity por Pixabay

Publicado em 23/11/2022, às 12h50   Redação BNews


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Com a chegada do verão e as altas temperaturas, os pets precisam de cuidados específicos para aliviar o calor. Por isso, nem sempre o que refresca o humano é ideal para o animal.

Nesse caso, cabe ao tutor se atentar quanto ao comportamento do seu pet e providenciar logo algo para aliviar antes que o mal-estar afete a saúde do mascote. Se o seu pet for idoso, os cuidados devem ser ainda maiores. Visto que eles possuem uma tendência maior de hipotermia e desidratação. Já que eles são mais lentos, quietos e apresentam mucosas ressecadas.

Confira dicas para aliviar o calor:

Cães e gatos

Ventilador -- De modo geral não há contraindicações para o uso direto nos animais. A exceção é para os que possuem problemas oftálmicos, como “olho seco” (ceratoconjuntivite seca), pois pode agravar a sensação de ressecamento ocular e provocar irritação, como vermelhidão e coceira.

Ar-condicionado -- O uso do aparelho requer o acompanhamento no ambiente de um umidificador, além da necessidade de estimular o animal a beber água para evitar ressecamento de vias aéreas. Pacientes com ceratoconjuntivite seca também podem ter desconforto ocular, por isso é importante a aplicação de colírio lubrificante antes até do animal ser colocado neste ambiente resfriado. “O uso de temperaturas muito baixas do ar-condicionado pode provocar choque térmico e promover desconfortos, como espirros e tosse seca”, alerta a Dra. Fabiana.

Brincadeiras na água -- Cães têm acesso livre à piscina, com a observação de que é preciso banhar o animal depois para remover o cloro da pele e do pelo. Aos animais alérgicos, com dermatite atópica, por exemplo, recomenda-se a hidratação da pele em seguida com produtos prescritos pelo veterinário dermatólogo. Animais de pelo curto podem secar ao ar livre, e os de pelagem longa, recomenda-se o uso de sopradores e secadores para evitar que a pele fique úmida. “Gatos, de modo geral, não gostam de entrar na água ou de se molharem, mas caso haja interesse na diversão, a recomendação é a mesma que é dada para os cães”, enfatiza a Dra. Fabiana.

Oferecimento de água gelada -- Não existe risco algum para cães e gatos, inclusive eles adoram e é uma excelente forma de promover alívio térmico. Frutas congeladas também são ótimos recursos.

Estímulo à ingestão de água -- Ofereça alimentação natural, que é mais úmida; adicione água na comida; espalhe vários potes com água pela casa -- ou fontes e bebedouros com água em movimento para os gatos, que apreciam esse recurso devido a sensação de água limpa; água de coco, por ter sabor levemente adocicado, pode contribuir para o consumo de líquidos para cães e gatos.

Passeio em dias quentes -- Evite sair com cães e gatos em horários de alta incidência solar, pois, há risco de queimadura das patas/ coxins. Recomenda-se passear com os animais até por volta das 8h30 e ao final da tarde e início da noite. Esse é um cuidado muito importante! Aos braquicefálicos, acidentes como queimaduras, úlceras, sangramento e hipertermia podem ser fatais!

Tosa -- Não se recomenda a tosa de animais com pelo longo, nem mesmo no verão. “Na ideia de tentar ajudar a controlar o calor, estamos justamente prejudicando o controle térmico de cada animal removendo dele o seu isolante término natural -- os pelos”, explica Fabiana. Em algumas raças de pelagem dupla, como Akita, Samoieda, Spitz Alemão e Chow Chow, por exemplo, pode haver indução de uma condição patológica chamada alopecia pós-tosa, caracterizada pela interrupção do crescimento do pelo por, no mínimo, dois ou três anos.

Doenças geradas pelas altas temperaturas -- Insolação e hipertermia -- os cães são mais acometidos, em especial os braquicefálicos, pois, têm maior dificuldade no resfriamento corporal através do ato de resfolegamento. Sinais como ofegação extrema, redução da atenção, temperatura corporal muito elevada, inconsciência/coma -- neste caso o animal dever ser levado imediatamente a um hospital veterinário 24 horas na tentativa de salvar o paciente.

Desidratação -- Qualquer animal pode sofrer se estiver submetido a altas temperaturas, sem possibilidade de acesso à sombra e água fresca. Se a desidratação for moderada a grave, o animal deve ser levado imediatamente ao hospital. Apatia, prostração, redução da interação e atenção, ressecamento de mucosas, redução da micção ou ausência da mesma podem ser sinais de desidratação.

Infestação por pulgas e carrapatos -- Em épocas de maiores temperaturas a proliferação destes parasitas é maior, sendo necessário o uso de produtos preventivos para evitar complicações originadas pelas picadas e infestação intestinal por parasitas.

Pets não convencionais

Ventilador -- Não é indicado vento direto no animal devido ao ressecamento do ar e das vias aéreas. Uma opção, de acordo com a Dra. Morgana, é ligar o umidificador com o ventilador. Em relação às aves é preciso muita atenção, pois, correntes de vento podem ocasionar alterações respiratórias graves. Já nos répteis, o ventilador não interfere na oscilação da temperatura. O que gera efeito refrescante é, por exemplo, ter pedra de mármore nos terrários. “Lembrando que quando se trata de chinchilas devemos manter o ambiente mais ameno porque são animais que necessitam de temperaturas baixas, porém não diretamente, e sem exageros”, observa Morgana.

Ar-condicionado -- Assim como os ventiladores, é interessante usar o umidificador junto no ambiente e nunca deixar diretamente no animal. Mas par as chinchilas o ar-condicionado, com o umidificador, figura como uma boa pedida. “Os répteis são espécies com exigências particulares, como uso de lâmpadas de aquecimentos, ventiladores específicos de terrários. Sendo assim, é preciso conhecer cada espécie para definir a sua exigência nestes casos”, reforça Morgana.

Brincadeiras na água -- Não podem faltar banheiras nas gaiolas, pois, as aves adoram se refrescar tomando banho. Mais uma alternativa é borrifar água na gaiola nos horários mais quentes. Lagomorfos e roedores normalmente não se molham e não têm a necessidade. Caso aconteça, a indicação da Dra. Morgana é secar o animal com secador morno para evitar problemas de pele. Estas espécies gostam de brincar com atrativos gelados e uma sugestão é oferecer garrafa pet com água congelada para se distraírem. Já para a chinchila o banho com água não é indicado. “Existe um pó especifico que faz a limpeza do animal”, esclarece a especialista. O aspergimento de água é bastante indicado como cuidado aos répteis.

Oferecimento de água gelada -- Aos animais silvestres essa não é uma boa sugestão. A melhor opção é dar água em temperatura ambiente. No entanto, aves como papagaio e arara gostam de “sorvete” de polpas de frutas, podendo ser oferecido esporadicamente.

Passeio em dias quentes -- Não são indicados passeios de carro, nas ruas ou parques; não esqueça gaiolas ao sol!; e atenção a alguns coelhos e porquinhos da índia que andam soltos em casa: deve-se evitar o acesso ao piso onde bate o sol devido a queimaduras nas patas.

Estímulo à ingestão de água -- Ofereça frutas suculentas, como laranja, maracujá e melão, bem como verduras com água borrifada.

Tosa -- Muitos tutores tosam seus coelhos, porém, não é uma atitude indicada. Não alivia o calor e prejudica o controle térmico do animal, sem contar risco de lesões durante o processo devido à pele ser fina e sensível.

Doenças geradas pelas altas temperaturas ­-- Devido às oscilações de temperatura, bronquite, infecções respiratórias e gastrointestinais são comuns. Atenção à fermentação das frutas, pois, no calor os alimentos estragam com mais facilidade.

Classificação Indicativa: Livre

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