Justiça

Alphaville: Hospital de Custódia pede urgência em novos exames de idoso acusado de matar mulher

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Para a realização de exame de sanidade mental, paciente precisa passar por outros procedimentos  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 15/11/2020, às 16h09   Yasmin Garrido


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O Hospital de Custódia e Tratamento (HCT) de Salvador, vinculado à Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-BA), solicitou ao 1º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri, a realização de exames laboratoriais e outros procedimentos de saúde no idoso de 82 anos, preso após ser acusado de matar a mulher em um condomínio localizado em Alphaville, na capital baiana.

O HCT expediu ofício nos autos do pedido de insanidade mental em nome do acusado, solicitando, ainda, que a defesa dele entregue prontuários anteriores de atendimento oftalmológico, urológico, otorrinolaringológico, cardiológico, neurológico, ortopédico, psiquiátrico e psicológico do paciente.

Também foi pedido um novo exame neurológico com a emissão de relatório descritivo do exame físico realizado para que seja detectado o estado da função motora do idoso, bem como da função sensitiva, equilíbrio, atividade cerebral. 

O Hospital de Custódia requereu urgência em todos os pedidos, em razão dos resultados de exames realizados no paciente idoso desde o momento da entrada dele no nosocômio até 12 de novembro. Ao final do HCT solicitou que sejam ouvidos filhos e neto do acusado, além de cuidadores e funcionários que estavam na residência dele à época do crime.

Internação
O juiz substituto Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, do 1º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), proferiu despacho, nesta quarta-feira (10), afirmando que, antes de decidir sobre o pedido de internação feito pela defesa do idoso de 82 anos, acusado de matar a facadas a mulher, vai aguardar o resultado do novo exame de sanidade mental.

“Considerando que o flagranteado encontra-se internado para realização de exame de sanidade mental, reservo a apreciação do pedido de fls. 109/116 após a conclusão do exame e juntada do respectivo laudo”, escreveu. O exame será realizado no Hospital de Custódia e Tratamento, onde o réu está internado.

Anteriormente, a defesa havia rechaçado o pedido de prisão domiciliar feito pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), defendendo que o idoso deveria ser encaminhado à internação em clínica particular.

“Diante de todo o exposto, requer de Vossa Excelência que seja substituída a medida cautelar diversa da prisão para que o acusado seja internado em clínica especializada e análoga, por ser essa a medida mais justa ao tratamento adequado”, defendeu.

E acrescentou: “Assim, Excelência, mostra-se totalmente equivocada o parecer ministerial quando aponta mais benéfica a medida prisional substituída pela prisão domiciliar, quando, na verdade, o idoso inimputável, ora acusado, necessita de tratamento, não de medida prisional”.

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