Justiça

Caso Boate Kiss: Réus são condenados nesta sexta-feira (10); juiz decreta prisão

Juliano Verardi/Imprensa TJ-RS
Ministério Público pode recorrer a prisão dos condenados  |   Bnews - Divulgação Juliano Verardi/Imprensa TJ-RS

Publicado em 10/12/2021, às 18h18   Redação


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Após nove anos de espera e 10 dias de julgamento, os quatro réus acusados pelo incêndio da boate Kiss foram condenados no fim da tarde desta sexta-feira (10), pelo Tribunal do Júri do Foro Centro de Porto Alegre. 

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Os quatro são acusados pela morte de 242 pessoas e 636 feridos que ocorreram no dia 27 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. 


Veja abaixo as penas de cada um dos participantes:


• Elissandro Callegaro Spohr (sócio da boate): 22 anos e seis meses de prisão


• Mauro Lodeiro Hoffmann (sócio da boate): 19 anos e seis meses de prisão


• Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da banda): 18 anos de prisão


Luciano Augusto Bonilha Leão (auxiliar da banda): 18 anos de prisão


Os réus e o Ministério Público podem recorrer da decisão, mas os tribunais só poderão mudar a pena ou determinar um novo julgamento sem modificar a decisão dos jurados. 


No dia 9 de dezembro, Elissandro Spohr, um dos proprietários da boate, prestou depoimento ao tribunal em meio ao choro e desespero. Na ocasião, ele pediu para ser preso porque, segundo ele, estava cansado. "Eu sei que perderam gente e tal, mas perdi um monte de amigos, eu perdi funcionários. Acham que eu não tinha amigos lá? Acham que eu ia fazer uma coisa dessas?".

Boate Kiss
Reprodução - redes sociais


Ele disse que, na época, precisou sair da boate para resolver um problema com alguém do lado de fora, quando foi informado que tinha algo ocorrendo na parte interna da casa de show. Logo depois de ajudar as pessoas a saírem da boate, descobriu, pelo rádio, que as mortes já girava em torno de 30 pessoas. 

Já ex-produtor musical da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão, de 44 anos, um dos réus do incêndio na boate Kiss, chorou ao chegar no Foro Central de Porto Alegre na última quarta-feira (1º).

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