Justiça

Racismo: Mulheres são indiciadas após injúria contra nordestinos; ouça áudio

João Sérgio /Assessoria de Comunicação do MP-GO
Entre as mulheres que foram indiciadas por racismo, uma delas atua como servidora do Ministério Público de Goiás  |   Bnews - Divulgação João Sérgio /Assessoria de Comunicação do MP-GO

Publicado em 09/10/2022, às 08h32   Redação BNews


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Pelo menos três mulheres foram indiciadas por racismo após terem ofendido nordestinos que residem em Cachoeira Alta, no sudeste de Goiás, através de conversas no WhatsApp. O trio apresentou manifestações de revolta por causa da preferência dos nordestinos pelo ex-presidente Luiz Inácio da Lula da Silva (PT) no embate presidencial. 

O momento posterior ao primeiro turno das eleições representou o início da repercussão dos áudios. Acima de tudo, no município goiano, o resultado entre Lula e Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma diferença de somente 34 pontos. Já o atual presidente acumulou 2.752 votos, enquanto o petista somou 2.718. 

No decorrer dos áudios, elas intitulam os nordestinos de “comedor de calango”. “Esses comedor [sic.] de calango tinham que voltar para lá. Se eles gostam de calango, volta para lá. Vem atrapalhar a gente. Tem que mandar explodir aquela bosta, aquela parte do nordeste lá. Povo vagabundo, quer ficar vivendo de bolsa família de R$ 60”, cita uma das indiciadas.

Entre as mulheres, uma atuava como servidora do Ministério Público. Por outro lado, as outras duas tiveram as identidades ocultas. Agora, a Corregedoria-Geral do MP apura a conduta da servidora indiciada. Caso sejam condenadas, elas podem receber pena de um a três anos de prisão e multa.

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