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BNews Novembro Negro: Centro de Referência Étnico-Racial da SSP-BA é batizado com nome de Mãe Stella de Oxóssi

Márcia Guimarães/ BNews
O espaço tem como missão o combate ao racismo e o acolhimento às vítimas do racismo e da intolerância religiosa  |   Bnews - Divulgação Márcia Guimarães/ BNews

Publicado em 16/11/2021, às 13h14   Márcia Guimarães


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Mãe Stella de Oxóssi agora dá nome ao Centro de Referência Étnico-Racial (CRER) da Secretaria de Segurança Pública da Bahia. O espaço tem como missão o combate ao racismo e o acolhimento às vítimas do racismo e da intolerância religiosa.

Nesta terça-feira (16), a quinta ialorixá do Ilê Axé Opó Afonjá, falecida em 2018, foi homenageada em uma cerimônia repleta de simbolismos, realizada no Centro Administrativo da Bahia. Sobrinhos da anciã, Adriano e Thomazia de Azevedo destacaram que a tia deixou um legado para que as pessoas continuem acreditando no orixá e que é possível o ser humano sempre escolher o caminho do bem. 

O secretário de Segurança Pública, Ricardo Mandarino, lembrou que segurança pública é dar às pessoas a tranquilidade de que elas podem ser o que quiserem, desde que não perturbem os outros. “Fico muito feliz de estar aqui hoje para a gente dar esse passo. Acho que é uma quebra de tabus, a gente tem que viver quebrando tabus porque, no passado, se perseguia as mães de santo e a gente está mostrando aqui o recado: a gente respeita todas as religiões porque é assim que a Constituição determina”, frisou Mandarino. 

A secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis, citou que “com racismo não há democracia” e a intenção do governo estadual é colaborar para que a sociedade caminhe efetivamente para a equidade entre todas as pessoas.

“O reconhecimento de uma ialorixá recebendo o nome de um Centro de Referência cuja missão é justamente o combate ao racismo e o acolhimento às vítimas do racismo e da intolerância religiosa é a mensagem que estamos publicizando para o povo baiano, que está na Constituição que todos devemos ter direito à nossa religião. Ainda assim, o direito das religiões de matriz africana tem sido sistematicamente violado”, acrescentou Fabya.

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