Denúncia
Publicado em 30/04/2022, às 17h32 Rafael Albuquerque
O vereador Tagner Cerqueira (PT) denunciou o vazamento de um líquido tóxico que foi identificado desde a última quinta-feira no aterro sanitário da cidade de Camaçari, de responsabilidade da empresa Naturalle, e que, segundo o petista, pode causar danos ambientais para todo o município.
Tagner denunciou o caso à polícia ambiental na noite desta sexta (28) e também chamou o Inema para apurar a situação e monitorar o vazamento.
Viaturas policiais foram ao local juntamente com técnicos ambientais do estado, que já iniciaram uma investigação sobre o vazamento do chorume. De acordo com o vereador, existe o risco eminente de contaminação do lençol freático, bem como da fauna e flora local.
“Mais um crime ambiental que acontece em Camaçari e agora a gente precisa encontrar os responsáveis que fazem a gestão do aterro. É um ano irreparável, já contaminou o solo, algumas lagoas e até um rio aqui próximo do aterro. Coincidentemente amanheceu o Rio Capivara com diversos peixes mortos”, disse Tagner.
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Procurada pela reporatagem do BNews, a prefeitura de Camaçari afirmou que a empresa de Limpeza Pública de Camaçari (Limpec) tomou conhecimento da situação no dia 25/04 e que "foram tomadas as medidas necessárias para evitar danos ao meio ambiente".
Ainda de acordo com a gestão municipal, "a fuga do material foi decorrente de uma fissura na caixa de chorume, provocada pelas chuvas intensas que atingiram o município, tendo sido acumulado só no período de 16 a 22/4, um total de 317 milímetros (mm)".
Diante do fato, "a Limpec realizou vistoria na área externa do Aterro Sanitário municipal e, a partir daí, solicitou da empresa Naturalle, contratada para gerenciar a operação do equipamento, que realizasse inspeção em toda a área do empreendimento para avaliação ampla das condições do local".
A prefeitura afirmou que também endereçou ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) uma correspondência referente à “Comunicação de ocorrência no Aterro Sanitário de Camaçari”, assinada pela Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA) da Limpec, "na qual expôs os fatos e os fundamentos técnicos e jurídicos sobre o ocorrido e sua investigação, bem como, as ações tomadas pelas empresas".
A prefeitura também afirmou que algumas medidas foram adotadas: "a ação preventiva da Limpec e a atuação imediata da Naturalle, evitaram maiores danos ao meio ambiente. Como medidas, foram adotadas as seguintes intervenções: isolamento da área; a remoção de todo material possivelmente contaminado; e o monitoramento ambiental do local e a análise dos poços ao redor. A Prefeitura também informa que, enquanto aguarda o parecer do Inema, durante 30 dias a Naturalle realizará acompanhamento ambiental e registros fotográficos do local onde houve a ocorrência, para monitoração da área atingida".
A prefeitura não respondeu ao BNews se pretende pinir a Naturalle por causa do vazamento do líquido tóxico.
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